Importações afetam competitividade na Indústria Têxtil
Em maio, a produção brasileira do setor têxtil apontou queda de 1,1% em relação a abril. Já no segmento de vestuário houve retração de 4,9% no período, segundo dados do IBGE. No acumulado do ano, de janeiro a maio, os números também são negativos: houve diminuição de 2,53% na produção de vestuário e de 4,6% na de têxteis. A retração, no vestuário, é maior ainda se comparado com maio de 2012: a produção física da indústria do vestuário teve queda de 5,2% e a do segmento têxtil caiu 4,5%.
O saldo entre contratações e demissões, na indústria têxtil e de confecção, em maio, foi de 1.822 segundo dados do Caged. No acumulado do ano (de janeiro a maio), o saldo de emprego ficou em 27.890. Nos últimos 12 meses (junho 2012 / maio 2013) o saldo foi de 12.583, ao passo que, no intervalo de junho 2011 a maio 2012, foi negativo em 16.752. Ou seja, apesar da tendência de recuperação neste ano, o setor ainda não conseguiu repor as 16.752 demissões do período anterior. É importante analisar sempre os 12 meses anteriores, visto que o setor tem forte sazonalidade (contrata de fevereiro até novembro e demite em dezembro).
De janeiro a maio de 2013, as importações de têxteis e confeccionados cresceram, 4,7%, em valor (US$). As exportações cresceram 6,05%, enquanto o crescimento do déficit na balança comercial do período foi de 4,42% em relação ao mesmo período de 2012 (dados sem fibra de algodão). As importações somente de vestuário, no mês de janeiro a maio de 2013, apresentaram aumento de 7,7%, em valor, comparativamente com o mesmo período em 2012. Essa variação foi de 3,0%, em toneladas.