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Setor da comunicação da Bahia divulga manifesto pelo desenvolvimento de Salvador
As entidades que representam o setor da comunicação da Bahia divulgaram nesta semana um texto, onde manifestam a preocupação com o desenvolvimento urbano da capital baiana, assim como sua economia. No texto eles defendem que as leis que estão sendo colocadas em prática na cidade atrasam o seu desenvolvimento e condenam a população à pobreza.
Confira o texto na íntegra:
“As entidades que representam o setor da comunicação da Bahia vêm manifestar sua preocupação com os impactos negativos da judicialização da LOUS – Lei de Ordenamento e Uso do Solo e do PDDU – Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Salvador.
A demora numa solução para a questão cria uma situação de insegurança jurídica nociva ao desenvolvimento urbano de Salvador e, consequentemente, da sua economia. Trava projetos estruturantes essenciais para a qualidade de vida da cidade e de seus habitantes, além de gerar enorme prejuízo aos cofres públicos. Entendemos que Salvador precisa ser uma cidade sustentável. E para ser sustentável, ela tem que se apoiar em três pilares: o econômico, o social e o ambiental. Travar o desenvolvimento da cidade em nome da preservação ambiental é condenar a população à pobreza e ao desemprego que podem ser tão ou mais devastadores quanto qualquer atividade econômica.
Enquanto no Brasil a taxa de desemprego é em torno dos 5%, de acordo com o IBGE, em Salvador o desemprego chega aos 20% da população, com isso a indústria da Construção Civil deixará de gerar aproximadamente 32 mil postos de trabalho. Além do desemprego, essa indefinição em relação futuro das duas leis que definem as regras de ordenamento e ocupação da cidade tem criado um vácuo de investimentos em Salvador que prejudica a todos os setores produtivos.
Na cadeia da comunicação, que emprega milhares de pessoas em nossa cidade e em nosso estado, não é diferente. Em especial porque o setor da Construção Civil é hoje o segundo maior anunciante desse mercado. E uma economia enfraquecida também enfraquece os meios de comunicação que são fonte de informação e exercício de cidadania para a população. Além disso, judicializar questões ordinárias da cidade significa travar o seu desenvolvimento e representa ainda um enfraquecimento do princípio da independência dos Poderes base da democracia republicana.
Por isso, é preciso encontrar um caminho para tirar Salvador do atraso no qual ela se encontra. É preciso que o bom senso prevaleça! Precisamos avançar! Reinventar a cidade! Como empresários, não podemos ficar parados diante da ameaça aos nossos negócios e, como cidadãos não podemos ficar calados diante da precarização do desenvolvimento de nossa tão amada cidade. Salvador precisa se desenvolver em um ambiente saudável e seguro para que possa voltar a ter uma economia pujante e, ao mesmo tempo, uma cidade bonita e agradável para todos os seus habitantes.”