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CNI diz que parque fabril não engata recuperação
A indústria brasileira iniciou o terceiro trimestre em queda, com resultado negativo em julho na maioria dos indicadores do setor em um reflexo da dificuldade do parque fabril brasileiro em engatar uma recuperação mais vigorosa.
Em julho deste ano, a utilização da capacidade instalada na indústria brasileira ficou em 82,2%, segundo dados dessazonalizados, pouco abaixo dos 82,3% de junho segundo número revisado, informou ontem a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O faturamento real dessazonalizado da indústria caiu 1,5% frente a junho, após alta de 0,7% no mês anterior, exibindo no ano um comportamento errático.
Também num dado negativo, as horas trabalhadas na produção caíram 1,7% em julho na comparação com o mês anterior, enquanto o emprego avançou apenas 0,3%. A massa salarial mostrou ligeira alta de 0,4% e o r endimento médio teve recuo de 0,1%. O setor industrial segue em trajetória volátil, mesclando expansão e desaceleração e sem sinais firmes de um crescimento contínuo.
"Entretanto, observa-se crescimento na comparação com o ano anterior, sinalizando um resultado melhor para a indústria de transformação que no ano anterior", relata documento apresentado pela entidade. No acumulado do ano até julho, em comparação a igual período de 2012, os indicadores do setor industrial mostram altas de 5,2% para o faturamento real, de 0,2% para as horas trabalhadas, de 0,5% no emprego, de 1,8% na massa salarial real e de 1,3% no rendimento real.
Em julho deste ano, a produção industrial caiu 2% frente a junho, pressionada pelo desempenho ruim no segmento de bens de capital, indicando que a economia brasileira iniciou o terceiro trimestre com fraqueza após o surpreendente alta de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) nos trê s meses anteriores. A CNI projeta para este ano alta de 2,6% do PIB industrial, em uma estimativa que pode ser rebaixada diante da forte volatilidade dos indicadores industriais e da dificuldade do setor fabril em engrenar uma recuperação sólida.