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Startups no Brasil: O mercado está aquecido

O número de startups aumentou mais de 500 por cento em oito anos, com vários negócios inovadores. Em tempos de pandemia, grandes empresas aceleraram o investimento digital, impactando na busca por este modelo de negócio escalável e repetível. Prova disso foi a aquisição, recente, de startups pela Natura, Nubank, Stone e Magalu, com cifras milionárias. Esse crescimento exponencial exige, porém, um ambiente nas startups mais estruturado para investimentos e focado para a velocidade das mudanças.

As startups que estão sendo adquiridas atendem a três parâmetros que o investidor quer de uma empresa. A primeira delas, supondo que seja a primeira rodada de captação, é se o mercado é grande o suficiente ou se aquele problema que o empreendedor está tentando resolver é um problema grande o suficiente versus o valor que ele imagina cobrar pela solução daquele problema. Para exemplificar, você consegue cobrar de 10 a 15 por cento do valor que gera para o seu usuário. Então se você gera o valor de R$1000,00, não vai conseguir cobrar 800,00. Isso dá a ideia se a empresa é grande o suficiente e se ela tem um posicionamento que viabiliza a relação de troca de valor dela para com o cliente.

A segunda etapa que a empresa investidora dará, é avaliar a qualidade do empreendedor ou seja da startup. É muito difícil avaliar a qualidade técnica do empreendedor porque o investidor tem pouco contato com ele. A não ser que já o conheça por conta de outro tipo de engajamento. Assim, consegue-se avaliar a startup a partir de algumas características como a visão, a ambição e a capacidade que o empreendedor tem de explicar o problema que quer resolver e o contexto histórico que ele quer resolver.

E por último, o investidor também avaliará a possibilidade dessa empresa em ter liquidez no futuro. Ele olha para companhia pensando: se tudo der certo aqui, como será o retorno do investimento, quem pode comprar essa empresa, qual seria o final da estrada. Como investidor, você só retorna o capital se ela for listada caso fique grande ou se ela for vendida.

Investidores em geral são mais ativos em alguns seguimentos, ficando mais fácil de avaliar o investimento. Por outro lado, é importante que o dono da startup escolha seus investidores com quem está se relacionando. E principalmente, escolher bem, o investidor anjo ou o Smart Money porque é aquele que vai agregar capital e conhecimento. Ter os investidores certos na sua empresa faz muita diferença porque eles vão entender o estágio da companhia e a dinâmica do mercado, além de facilitar contatos e a introdução de novos investimentos para uma nova rodada futura. Para encontrar investidores existem aceleradoras, associações, entidades e está cada vez mais fácil ter acesso aos fundos. Existem até sites que consolidam essa informação hoje, como o dealflowbr.com, uma iniciativa do Guilherme Lima. Assim reforço novamente o papel dos investidores anjo porque aceleram o processo com a experiência e o pitch para que outros investidores se interessem pela startup. O que tem acontecido também é que investidores de sucesso voltam ao ecossistema e fomentam as novas startups.

O processo de M&A (fusão e aquisição) segue várias etapas como diligência, governança adequada, controles legais até o documento detalhado da transação. E nos próximos 12 meses terá ainda, no país, uma aceleração positiva, uma janela favorável, mesmo no cenário da Covid. Por isso, foque nos fundamentos, estabeleça prioridades, cuide do time.

Julian Tonioli

Partner at Auddas

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