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O que pode matar nosso negócio amanhã?

Nesta época do ano é normal recebermos diversos relatórios sobre as tendências dos próximos anos com informações sobre como elas podem impactar a vida dos consumidores e das empresas. Isso me fez refletir sobre o quanto estamos conseguindo incluir estas tendências na realidade do nosso dia a dia.

Relatórios de tendências em 2020 apontavam que cada vez mais as empresas passariam a utilizar a inteligência artificial (IA) e outras ferramentas digitais nos processos de governança corporativa. Há um ano o ChatGPT foi lançado oficialmente e revolucionou a inteligência artificial em todo o mundo. A tecnologia é um dos grandes exemplos de inovação, renovação e de como as tendências se concretizam rapidamente e mudam radicalmente os negócios. Algumas funções e atividades simplesmente deixaram de existir nesse curto espaço de tempo. Como esse pilar foi inserido em seu planejamento de negócios nos últimos tempos?

Já ouvimos diversas histórias sobre empresas que se tornaram obsoletas por não enxergarem as transformações do mundo à sua volta, por isso achei válido trazer esta reflexão aqui, principalmente nessa época do ano em que estamos focados em pensar nossas estratégias para os próximos anos.

Sabe aquela máxima que diz “o que nos trouxe até aqui não nos levará adiante”, título do livro de Marshall Goldsmith? Nunca foi tão verdadeiro, não é mesmo?

Por mais que conheçamos muitas histórias de sucesso e de fracasso de diversas empresas e que o mundo tenha evoluído em muitos aspectos, por que continuamos planejando nossas estratégias da mesma forma, olhando o retrovisor? Por que olhamos mais para os movimentos da concorrência do que para a nossa própria visão para pensar o futuro? Por que temos tanta dificuldade em olhar o longo prazo com foco e compromisso?

O planejamento em tempos de aceleração exponencial das tecnologias mudou, e muito! Hoje, as empresas precisam adotar uma nova abordagem para pensar e planejar futuros (sim, com “S”), evoluindo de uma visão analítica e linear para uma abordagem com foco para inovação e exploração de hipóteses.

Chamamos de ‘Planejamento Ambidestro’, aquele que consegue dar a direção para o curto prazo e para o core business, e também traçar uma visão futura inspiradora e explorar a inovação disruptiva, ao mesmo tempo. Neste novo processo, o planejamento torna-se colaborativo e interativo, permitindo experimentação e aprendizagem para desbravar novas, e desconhecidas, rotas.

Esta nova abordagem traz muitos desafios, um deles é garantir que a priorização dos investimentos considere critérios que equilibrem a sustentação do negócio e a exploração de inovação. É comum vermos a inovação com investimento desproporcionalmente menor em relação ao foco no curto prazo e iniciativas mais disruptivas sendo encerradas antes do tempo, por ausência de métricas que guiem a tomada de decisão para dar tração ou pivotar iniciativas.

Para construir um portfólio de apostas, como um “venture capital”, exige-se uma mudança de mindset: trocar a lógica de orçamento para uma lógica de investimento. E a avaliação do resultado é menos sobre “esses dados são bons ou ruins?” e mais “o que esses dados nos dizem sobre o que devemos fazer a seguir”? Como devemos pivotar nosso portfólio com base no que aprendemos?

Para que tudo isso possa funcionar e o planejamento saia do papel, é essencial um alinhamento entre a Cultura e o Modelo de Gestão. Uma abordagem holística é primordial nesse processo, envolvendo todas as áreas da empresa para que todos sigam na mesma direção.

Apesar de ser uma pauta recorrente e da maioria dos executivos estarem cientes sobre a necessidade de inovação, o tema não recebe o devido foco na maioria das vezes. Entender os potenciais do negócio, as tendências atuais e futuras e conectá-las com as necessidades dos clientes, são os pontos-chave para desenvolver teses de inovação e torná-las parte integral do planejamento estratégico, permitindo a longevidade da organização.

Andrea Dietrich

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