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Tesla alcança lucro por ação de 22% acima do esperado e surpreendente rompe sequência de resultados fracos

Lucro por ação marca uma nova fase de crescimento

A Tesla apresentou os resultados do terceiro trimestre de 2024 com um lucro por ação 22% superior ao projetado, encerrando uma sequência de cinco trimestres sem atender às expectativas do mercado. Esse desempenho impulsionou as ações da empresa em aproximadamente 12% após a divulgação.

A alta nos resultados da Tesla não se deveu exclusivamente ao aumento na venda de veículos, que teve um incremento modesto de 6% em volume e apenas 1% em receita. O fator decisivo foi a redução de 6% no custo de produção dos carros em relação ao mesmo período do ano anterior. Além disso, os créditos regulatórios – que a Tesla comercializa para montadoras que ainda utilizam motores a combustão e não atendem às metas ambientais – subiram 33%, resultando em um adicional de US$ 185 milhões.

Outro pilar de crescimento veio da divisão de energia e armazenamento, com produtos como painéis e telhados solares e baterias. Esse segmento alcançou US$ 1,5 bilhão em receita, representando um crescimento de 52% em relação ao ano anterior e registrando uma margem de 30,5%, a maior já obtida nesta linha de negócios. Esse desempenho reforça o avanço da Tesla no setor de energia renovável, que tem se tornado uma fonte significativa de receita.

Além dos resultados financeiros, a Tesla se destacou pelo controle de custos, que refletiu em margens de lucro acima do esperado, evidenciando uma administração focada em eficiência operacional. A empresa, que já produziu um total de sete milhões de veículos, planeja uma expansão nas vendas com expectativa de crescimento anual entre 20% e 30% até 2025. Isso inclui a produção de 3 a 3,5 milhões de veículos por ano, impulsionada pelo lançamento de um modelo de preço mais acessível previsto para o início de 2025.

O setor de investimentos, por sua vez, mantém recomendações de “hold” para as ações da Tesla, que, com preço atual de US$ 239,50, está acima da média de preço-alvo dos analistas, situada em US$ 210,94. Este posicionamento indica um potencial de desvalorização de cerca de 11% a curto prazo, embora as projeções ainda aguardem revisão pós-divulgação dos resultados.

Gustavo Fleming Martins

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