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Raízen ajusta estratégia e vende ativos para melhorar saúde financeira

Gigante da bioenergia busca racionalizar portfólio e reduzir alavancagem.

A Raízen, maior produtora mundial de açúcar e etanol e segunda maior distribuidora de combustíveis do Brasil, iniciou um processo de reestruturação após a entrada do novo CEO, Nelson Gomes, em novembro de 2024. Com faturamento superior a R$ 220 bilhões na safra 2023/2024, a empresa busca equilibrar suas finanças por meio da venda de ativos não estratégicos e revisão de investimentos.

Entre os ativos à venda estão centrais de geração de energia renovável que podem render até R$ 1 bilhão e uma usina de açúcar e etanol em Leme (SP). Outra possibilidade é a alienação de participação na rede de lojas de conveniência OXXO e em projetos de etanol de segunda geração (E2G), segmento que demanda alto investimento.

Atualmente, a Raízen controla 35 polos de bioenergia que processaram mais de 84 milhões de toneladas de cana em 2023, possui 7,3 mil postos de combustíveis e atende 50 milhões de consumidores por ano. Porém, os altos juros no Brasil pressionam sua alavancagem, que chegou a 2,6 vezes a relação entre dívida líquida e EBITDA ajustado.

O plano de racionalização inclui a redução do Capex anual, estimado entre R$ 14 e R$ 15 bilhões, para cerca de R$ 10 bilhões. O objetivo é priorizar investimentos seletivos, especialmente no promissor mercado de E2G, onde o projeto prevê a construção de 20 usinas até 2030. Apesar disso, analistas apontam que o número de unidades deve ser menor devido a atrasos e limitações financeiras.

Para o mercado, as mudanças são vistas como positivas. Analistas do Citi avaliaram a venda de ativos como alinhada à estratégia de reciclagem do portfólio, indicando potencial para reduzir a alavancagem e fortalecer o caixa da companhia. A expectativa é que a nova gestão traga maior eficiência operacional e simplificação na tomada de decisões.

Gustavo Fleming Martins

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