A Usiminas, uma das líderes no setor siderúrgico, concluiu com sucesso a emissão de um bond de sete anos, captando US$ 500 milhões. Esta operação foi estrategicamente direcionada para a rolagem de um título anterior de US$ 430 milhões com vencimento em 2026. A empresa também aproveitou para lançar um tender offer com o objetivo de recomprar parte dos papéis em circulação.
A transação evidencia uma gestão financeira prudente da Usiminas, uma vez que a emissão saiu com um yield de 7,75%, abaixo da taxa inicialmente sinalizada de cerca de 8%. O cupom fixado em 7,5% e a forte demanda de US$ 2,6 bilhões, mais de cinco vezes a oferta, demonstram a confiança do mercado na estabilidade financeira da empresa.
A estratégia de rolagem adotada pela Usiminas é um indicativo claro de que a companhia não busca novos recursos, mas sim otimizar sua estrutura de dívida existente. Com um índice de endividamento de apenas 0,38x e reservas suficientes para cobrir as obrigações de dívida nos próximos cinco anos, a siderúrgica mostra uma posição confortável em termos de liquidez e gestão de passivos.
A emissão contou com a coordenação de bancos de renome como Citi, Goldman Sachs, Itaú BBA, JP Morgan, UBS BB, Bank of America e Bradesco BBI, reforçando a solidez e o reconhecimento internacional da Usiminas no mercado de capitais.
Esse cenário positivo também abre portas para outras empresas no mercado. A Ambipar, por exemplo, segue os passos da Usiminas ao anunciar um roadshow com o objetivo de precificar uma nova emissão de US$ 500 milhões na semana seguinte. Destes, US$ 200 milhões serão destinados à rolagem de parte de um bond anterior, com os remanescentes US$ 300 milhões direcionados ao pagamento de outras dívidas.
Essas movimentações no mercado de capitais são um sinal claro de que há uma janela de oportunidade para as empresas brasileiras se financiarem em condições favoráveis, refletindo um apetite renovado dos investidores por títulos corporativos de mercados emergentes.