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Ação da Serena cresce 30% no ano e levanta expectativas no mercado

Volume de negociações aumenta e investidores projetam novos eventos

As ações da Serena acumulam alta de 30% desde o início do ano, impulsionadas pelo aumento no volume de negociações e pela expectativa de um evento estratégico. No ano passado, os papéis caíram de R$ 15 para pouco mais de R$ 5, tornando a recente valorização a maior do setor de energia no período. Enquanto o Ibovespa registra alta de 4% no ano, a Serena avança em ritmo acelerado.

O mercado especula sobre possíveis movimentações envolvendo a companhia, incluindo a venda de ativos nos Estados Unidos, um spinoff da operação americana ou uma oferta pública de aquisição para fechamento de capital. A venda da unidade norte-americana ajudaria a reduzir a alavancagem da empresa, que passou de 7 vezes o EBITDA em 2023 para cerca de 4,5 vezes no final do ano. A meta é atingir 3,5 vezes.

A Actis, que detém 26,82% da Serena, ingressou na companhia em 2022 com um block trade de R$ 900 milhões e um aumento de capital de R$ 850 milhões. Outros acionistas incluem a Tarpon, com 20%, o CEO Antônio Bastos, com 12,3%, e a Sharp Capital, com 5%. O mercado acompanha de perto as movimentações do CEO, cujas operações financeiras recentes indicam maior esforço na recuperação do valor da empresa.

A venda do complexo eólico Goodnight, no Texas, esteve próxima de ser concretizada em novembro, com um investidor asiático que desistiu da transação devido a mudanças políticas em seu país. Atualmente, a Serena trabalha com a Marathon, boutique especializada em fusões e aquisições no setor de energia limpa, e busca novos investidores para seu projeto nos Estados Unidos. Propostas formais devem ser apresentadas até o fim de março.

O cenário do setor também influencia o desempenho da empresa. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) tem limitado a injeção de energia renovável na rede, afetando geradoras no Nordeste. Mesmo assim, analistas avaliam que a ação da Serena, negociada a R$ 6,90, ainda apresenta uma taxa interna de retorno próxima a IPCA + 18%, sinalizando potencial de valorização.

Gustavo Fleming Martins

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