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Starlink expande operação com 7.500 novos satélites liberados no Brasil

Autorização da Anatel fortalece posicionamento da empresa no mercado nacional

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) autorizou a Starlink, empresa de conectividade via satélite do grupo SpaceX, a operar mais 7.500 satélites em território brasileiro. A aprovação inclui a ampliação das faixas de frequência e estende o direito de exploração até 2027. A medida insere a Starlink em uma posição consolidada para expandir a oferta de internet de baixa latência e cobertura remota em áreas com infraestrutura limitada.

A operação da Starlink no Brasil é parte de uma estratégia global de conectividade baseada em órbita baixa (LEO), tecnologia que permite transmissão de dados com menor tempo de resposta. Atualmente, a companhia já conta com mais de 5 mil satélites em operação no mundo e lidera o setor de internet via satélite em volume e alcance. Com a nova autorização, o número total de satélites previstos para cobertura no Brasil se aproxima de 13 mil unidades.

A Anatel destacou que, embora a decisão tenha sido aprovada por unanimidade, a expansão revela desafios para o arcabouço regulatório nacional, ainda desatualizado diante do avanço das tecnologias orbitais e da dinâmica concorrencial do setor. A agência alertou para a necessidade de atualização das normas, com foco em soberania digital, sustentabilidade espacial e preservação da concorrência. A ampliação do número de satélites também exige maior atenção à gestão do espaço orbital e à coordenação internacional.

O mercado de internet via satélite projeta movimentar globalmente mais de US$ 30 bilhões até 2030, segundo estimativas da Euroconsult. No Brasil, regiões com baixa penetração de banda larga fixa representam um campo relevante para crescimento da tecnologia, especialmente em áreas rurais, comunidades isoladas e segmentos empresariais com operações remotas. A expansão da Starlink amplia o potencial de cobertura e pode acelerar a transformação digital em zonas sem acesso terrestre.

A empresa também enfrenta a entrada de novos competidores no mercado nacional. A Amazon, por meio do Project Kuiper, já iniciou o lançamento de seus satélites e planeja uma constelação com mais de 3.200 unidades em operação até o final do ano. Outro player com acordo no Brasil é a SpaceSail, empresa de capital chinês que pretende colocar até 15 mil satélites em órbita até 2030. Esse movimento indica um ambiente de crescente competição, com potencial para diversificação de oferta e redução de custos para usuários finais.

A autorização da Anatel, ao permitir a continuidade da operação em larga escala da Starlink, cria um cenário de estabilidade institucional para a expansão dos serviços. O processo regulatório, no entanto, segue sob revisão diante dos impactos estratégicos da ocupação orbital em alta intensidade. A conectividade via satélite avança como uma camada adicional à infraestrutura digital do país, com implicações econômicas e tecnológicas em múltiplos setores.

Gustavo Fleming Martins

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