A Adobe acaba de dar um passo decisivo no mercado de geração de conteúdo com inteligência artificial ao lançar o Firefly Image Model 4 e sua versão avançada, o Image Model 4 Ultra. Os novos modelos foram treinados com maior poder computacional e entregam imagens com até 2K de resolução e precisão em cenas complexas. O Ultra, em especial, foca em detalhes e pequenas estruturas, sinalizando o foco da empresa em disputar a liderança em qualidade de geração visual.
No mesmo movimento, a Adobe redesenhou o Firefly Web App, agora uma central de acesso não apenas aos seus próprios modelos de imagem, vídeo e vetor, mas também aos principais concorrentes — entre eles, OpenAI, Google e Flux. É uma decisão estratégica com potencial de consolidar a empresa como um hub neutro e interoperável de IA visual.
A plataforma oferece ainda o Firefly Vector Model, que permite gerar e editar vetores, logos, ícones e embalagens, e o Firefly Video Model, agora liberado para o público após testes limitados em 2024. Este último transforma textos e imagens em vídeos de até 1080p, com controle de câmera, atmosfera e elementos de movimento, ampliando as possibilidades de storytelling automatizado.
A Adobe também anunciou a liberação comercial das APIs de texto para imagem e avatar, além da entrada da API de texto para vídeo em beta. Todas fazem parte do Firefly Services, pacote que visa integrar geração de conteúdo às rotinas de desenvolvedores e empresas de mídia.
Com a crescente demanda por soluções de IA generativa, o mercado de ferramentas criativas deve ultrapassar US$ 20 bilhões em receita global até 2027, segundo dados da Grand View Research. A Adobe, que já lidera o segmento de design digital com o Creative Cloud, posiciona-se agora para capturar parte significativa desse novo ciclo de crescimento, conectando tecnologia, interoperabilidade e propriedade intelectual — especialmente com o lançamento do Adobe Content Authenticity, sistema de credenciais digitais baseado em metadados para validação de autoria.
A movimentação revela uma nova fase da competição em IA visual: não se trata apenas de qualidade dos modelos, mas de controle da infraestrutura criativa que viabiliza toda a cadeia — da geração à autenticação.