Hoje prestarei uma homenagem a um dos meus poetas do coração, o gaúcho Mario Quintana, que meu pai gentilmente teve a paciência de me ensinar a amar e que, mesmo tendo vivido no milênio passado, nunca foi tão atual como hoje.
“A arte de viver é simplesmente a arte de conviver… simplesmente, disse eu? Mas como é difícil!”
Comecemos pela retomada do formato de trabalho presencial, na grande maioria das empresas. E, com ela, além do infernal trânsito das cidades (São Paulo, eu nem sei o que falar), vêm os bônus e ônus de conviver por infinitas horas com pessoas ainda mais estressadas, cansadas, mal-humoradas e dopadas, e o choque efetivo de culturas entre as gerações Boomers, X, Y, Z e, muito em breve, a Alpha. Estamos falando, praticamente, de cinco gerações e 80 anos de histórias e hábitos convivendo numa mesma empresa. Deve ser por isso que tenho visto tanta gente nos eventos de RH tentando buscar soluções que tragam o mínimo de equilíbrio para um ambiente desses, que, neste momento, ainda está passando por enorme pressão decorrente da crise econômica brasileira.
“A resposta certa, não importa nada: o essencial é que as perguntas estejam certas.”
E pensar que, nem nos melhores (ou piores) sonhos de Quintana, ele poderia imaginar que o ambiente corporativo seria absolutamente atropelado por ChatGPT, Gemini, Copilot, DeepSeek, MidJourney… onde, de fato, pouco importa responder corretamente à pergunta errada. E é justamente esse o maior desafio que todos nós, profissionais, teremos que aprender com a IA: fazer a pergunta certa, ou melhor, o prompt certo, que, na verdade, não se trata de uma interrogação, mas sim de uma afirmação. Comandar, cuja definição no dicionário é: “a expressão verbal, padronizada, que um comandante utiliza para transmitir a sua vontade aos subordinados. É uma forma clara e concisa de dar instruções, permitindo a execução simultânea e imediata de movimentos e evoluções.” Ou seja, quem não comandar, seguramente será comandado, inclusive pelo bot…
“Não me ajeito com os padres, os críticos e os canudinhos de refresco: não há nada que substitua o sabor da comunicação direta.”
Essa aqui vale especialmente para todos os meus amigos que, assim como eu, estão cansados das soluções revolucionárias de vendas, CRM, leads e funil do marketing digital, aquelas que funcionam para todas as empresas do universo, menos a minha (e a sua, mas não conta pra ninguém). Cheguei a um ponto da minha trajetória profissional em que, como Quintana, cansei dos intermediários. Do que eu gosto mesmo é de tomar café, fazer reunião presencial, ir a eventos, fazer “horas felizes”, almoços e ganhar muitos quilos falando da vida e conhecendo, de fato, as dores dos empresários que eu posso ajudar (ou conheça quem possa). Simples assim. Para todo o resto, uso o prompt.
“Todos estes que aí estão atravancando o meu caminho, Eles passarão. Eu, passarinho!”
Aqui vou abordar o que é um mantra diário na minha casa, que a Isabella e o Bruno (meus filhos) ouvem todos os dias, há anos: sejam pessoas de atitude. Estamos falando, seguramente, do momento corporativo de toda a história do mundo com os profissionais mais moles que já existiram. Se você quer prosperar na sua carreira, meu querido amigo, antes de fazer MBA, pós-graduação, inglês, mandarim, programação, mindfulness, coaching ou qualquer outra coisa, faça o simples bem-feito.
Acabou o que tinha para fazer? Pergunte se pode ajudar em mais alguma coisa. Viu alguém precisando de ajuda? Seja o primeiro a se oferecer para ajudar. Tem algo que não entendeu? Pergunte como se faz. Usou a sala de reunião? Devolva-a limpa. Entre uma infinidade de outras coisas básicas que caíram em esquecimento. Te garanto que, se fizer isso, a próxima oportunidade de crescer na empresa será sua.
“E as coisas são inatingíveis… ora!
Não é motivo para não querê-las…
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!”
E, para concluir, a melhor de todas, afinal, quem foi que te disse que todos os seus sonhos serão ser realizados, a Cinderela?