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O consumidor não compra mais coisas. Ele compra quem ele quer ser.

Foi com essa frase, ainda ecoando nos corredores do VTEX DAY, que eu me peguei parado no meio da multidão, com a estranha sensação de que algo havia mudado, e não era só no mercado.

Dessa vez, o palco não foi apenas um palco. Foi um espelho. Um reflexo nítido daquilo que marcas, criadores e consumidores talvez não soubessem nomear, mas sentiam: a revolução é humana, e começou em silêncio.

Tudo começou com o convite da Dani Alves, que me apresentou a três mulheres que, mais do que especialistas, pareciam alquimistas do novo consumo. Daniela Dantas, da WGSN, abriu a roda. Seu olhar ia além da tendência — ela falava como quem antecipa desejos antes mesmo que a gente perceba que os tem. Silvia Beluzzo, do TikTok, completava como um contraponto inquieto: “As pessoas querem descobrir, não serem convencidas.” E Simone Sancho, da Belong Be, dava o tom mais visceral: “Pertencer vem antes de comprar.”

Começamos sentindo. Não os produtos, mas as ideias.

E se o mercado não for mais uma prateleira, mas um lugar de identidade?
E se cada clique no TikTok for, na verdade, um pedido silencioso por conexão?
E se o marketing do futuro for menos sobre convencer e mais sobre confessar?

De repente, ficou claro: a tecnologia é cenário, mas quem emociona é a história. A jornada não começa no funil, mas na dúvida. E marcas que se esquecem disso viram ruído.

Silvia nos lembrou que 79% das pessoas no TikTok querem marcas reais. Reais, não perfeitas.
Daniela citou a nova revolução como uma revolução sensível, onde o dado é só um ponto de partida.
E Simone, com a serenidade de quem viveu na pele a batalha das marcas independentes, nos lembrou que comunidade não se escala, se constrói.

Entre insights, números e provocações, fui me dando conta: o palco daquele dia não era sobre commerce. Era sobre coragem. Coragem de desaprender. De se reposicionar. De ouvir mais e anunciar menos.

E assim como no café, o que ficou foi o cheiro.
Aquele aroma de verdade dita com delicadeza, de futuro sussurrado com firmeza.
De que talvez, só talvez… o conteúdo nunca tenha sido sobre conteúdo.
Mas sobre presença.

Gustavo Fleming Martins

Informação valiosa, 
no tempo certo

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