Com investimento recorde e planos de datacenters gigantescos, Meta prepara o maior salto tecnológico da sua história para dominar a nova era da inteligência artificial.
“Never bet against Zuck”. O mantra do Vale do Silício nunca foi tão atual. Mark Zuckerberg, que controla mais de 60% do poder de voto da Meta, avaliada em quase US$ 2 trilhões, está orquestrando um movimento colossal para posicionar sua empresa como líder global em inteligência artificial.
O plano é ambicioso: o Capex da Meta para 2025 deve alcançar entre US$ 64 bilhões e US$ 72 bilhões, quase o dobro dos US$ 39 bilhões de 2024, e a tendência é que esse número aumente em 2026. São centenas de bilhões para reforçar infraestrutura computacional e desenvolver modelos proprietários de IA.
A Meta tem vantagens incomparáveis: com mais de 4 bilhões de usuários ativos mensais em Facebook, Instagram, WhatsApp e Messenger, Zuck controla o maior ecossistema de distribuição digital do planeta, alcançando 60% da população conectada mundialmente.
No campo dos talentos, o CEO assumiu pessoalmente a tarefa de recrutar “o melhor time de IA do mundo”, trazendo profissionais de elite de OpenAI, Apple, Google e startups especializadas, o que abalou as estruturas do mercado de tecnologia e acirrou a disputa por cérebros.
Na infraestrutura, a Meta vai erguer dois mega-datacenters: Prometheus, com capacidade inicial de 1 GW e inauguração prevista para 2026, e Hyperion, um projeto ainda mais ambicioso, que chegará a 5 GW, quase o tamanho de Manhattan em área construída.
Historicamente, a Meta sempre abraçou o código aberto, lançando modelos open-source e ferramentas amplamente adotadas pela comunidade global de IA. Mas com novas lideranças, Zuck estaria revendo essa estratégia, buscando mais controle e vantagem competitiva. Se há algo que a Meta possui, é dados: bilhões de fotos, vídeos, conversas e interações diárias em suas plataformas, um insumo valioso para treinar sistemas inteligentes proprietários.
O objetivo? Construir uma vantagem difícil de replicar, sustentada pela combinação de poder computacional, distribuição massiva e talentos de primeira linha, um tripé que poucas empresas no mundo poderiam almejar.