O final do ano se aproxima e o último trimestre, por tradição, é o momento para correr e fazer tudo para buscar melhores resultados. Os mais otimistas criam, muitas vezes, estratégias e planos mirabolantes para produzir alguma ação que gere resultados positivos. O ano de 2015 ficará marcado por uma crise de confiança generalizada e por um resultado que, em média, ficou cerca de 30% aquém do que realizamos no ano passado. Nesse mesmo período é comum as empresas já começarem a fazer o planejamento para o próximo ano. Mas qual é a expectativa e as prioridades que serão definidas para que as empresas possam investir em tecnologia para fazer mais rápido, melhor e talvez mais barato?
Um termo americano conhecido como “Big Rocks” descreve uma história simples e bastante interessante. A tradução dessa história para nossa cultura seria algo como “Jarro da Vida”, o que pode ser levado em conta para que as nossas empresas planejem com base nas prioridades. Para que o leitor possa entender melhor, vou tentar fazer uma analogia sobre a história e o que pretendemos dizer. Um professor coloca um grande jarro de vidro vazio sobre uma mesa. Em seguida, pega uma sacola cheia de pedras e vira todas dentro do jarro, até a boca.
O vidro está cheio, certo? Errado, diz o professor ao pegar uma outra sacolinha cheia de pedrinhas bem pequenas e, segurando o jarro com as mãos, dá umas chacoalhadas até elas irem preenchendo os espaços vazios. nComo vocês podem imaginar, o jarro não estava cheio! Ainda cabiam umas pedrinhas menores nos espaços vazios. Agora sim está cheio! Ou… não está? Mais uma vez o professor pega outra sacolinha, desta vez cheia de açúcar. E, sorrindo para a turma, que já desconfiava que vinha algo assim pela frente, diz: Muito bem, o jarro ainda não estava cheio – como vocês desconfiaram – e ainda dá para colocar um monte de açúcar aqui dentro. Agora sim! Cheio! Certo?”
O professor pega então seu cafezinho que estava em cima da mesa, levanta à sua frente como quem faz um brinde e abre um sorriso esperto. Os alunos dão risada. E o café é despejado beeeeeeem lentamente no jarro. Conclusão: O jarro pode ser a sua empresa ou vida profissional. As pedras grandes são as coisas que você acha mais importantes: os seus valores, os seus clientes, o propósito de entregar qualidade e ser uma referência para muitos clientes. A paixão por aquilo que você faz e a capacidade de gerar empregos e ajudar as pessoas.
São aquelas coisas que, se todo o resto faltasse, ainda assim sua vida estaria preenchida. As pedrinhas menores são as outras coisas que você vai acumulando: o prédio ou estabelecimento, os carros, treinamentos para melhorar o conhecimento da sua equipe, participação de eventos, etc. E o açúcar é todo o resto, é o seu cotidiano. Então… qual é a melhor conclusão para essa história?”
A parte importante é a sequência. Se ele tivesse começado pelas pedrinhas pequenas, ou pelo açúcar, não teria conseguido preencher totalmente o jarro. É uma demonstração da importância das prioridades e da consequente hierarquia dessas coisas. De outra forma, nem todos os espaços teriam sido preenchidos. Existe um vídeo no Youtube que mostra isso e você deveria assistir. Veja em https://youtu.be/RE5geO3GDtk Se você usar toda a sua energia e seu foco só nas coisinhas pequenas o tempo todo, vai chegar um momento em que essas coisas vão ocupar tanto você que não sobrará espaço para coisas maiores.
Saber dar prioridade para as coisas que são realmente importantes é algo crítico nas tomadas de decisões e, verdadeiramente, as empresas não têm feito o seu melhor quando o assunto é planejamento estratégico. Eu tenho esse sentimento não só porque as empresas ignoram o marketing (ciência que estuda a relação entre seu negócio e o mercado), mas porque nunca, em um único ano, eu escutei tantos descontentamentos. A vida profissional só vale a pena quando os resultados são a consequência de um pote cheio de tudo isso. Mas você pode se perguntar, mas e o cafezinho nessa história? Ah é! O café! O café é só pra lembrar que sempre dá pra enfiar um cafezinho despretensioso com alguém na sua agenda. Esse sempre cabe.