Quando estamos habituados a alguma coisa, normalmente perdemos a precisão e a capacidade de percepção de algo diferente.
Deixamos de considerar alguns movimentos ao redor e, quando nos damos conta, surge alguém com uma nova proposta de valor ou uma nova forma de vermos a realidade. Daí a minha pergunta a você, empresário: o que aconteceria com o seu empreendimento se alguém entregasse mais, em menos tempo e com melhores preços?
Me refiro a melhores preços, por considerar o valor percebido menor do que o bem adquirido. Isso aconteceu com a Nokia em relação a Apple (iPhone e iPad), aconteceu com a Blockbuster em relação ao Netflix. Aconteceu com a sublimação digital ao invés dos processos de offset e serigrafia. Aconteceu com inúmeras EMPRESAS líderes do nosso mercado. E eu não vou citar nomes, nesse caso, porque algumas ainda acreditam serem líderes e ignoram o fato de que o mercado vai muito além da fatia em que elas participam. E pode acontecer no mercado de gráficas e embalagens com o advento da “Nanography®, criada por Benny Landa e que você acompanha na matéria de capa escrita pelo correspondente e amigo Aislan Baer.
Bem, o Brasil figura entre os países com maior potencial de crescimento devido ao consumo próprio. Mas, infelizmente, vive uma severa crise. O fundo do poço já não é mais uma probabilidade, pois, como muitos segmentos já perceberam na própria pele, ele existe, é escuro e deixa ainda mais cego os que teimam em ignorar a necessidade de inovar (tornar algo que já existe, em algo melhor). A impressão, como prestação de serviço ou parte do processo, registrou crescimento nos últimos dez anos, com base num incremento orgânico e necessidade de mercado.
A tecnologia digital avançou sobre vários processos de impressão muito além do têxtil e da comunicação visual. A impressão digital avança a passos largos em diversas indústrias como a arquitetura, vidro plano, live marketing, cerâmica, automotivo, gráficas, embalagem, mídia exterior e milhares de pontos de venda. A expansão das possibilidades favorece a impressão nos mais diferentes tipos de materiais e aplicações. E quem disser que a impressão é tão somente a deposição de tintas, precisa olhar com outros olhos as possibilidades e exemplos do digital signage.
O desafio de encontrar conexões e oferecer soluções, cria a necessidade de exercitar a comparação do seu ramo em relação a diferentes negócios e não mais em relação à lista de concorrentes. A empresa de inovação e design IDEO propôs a um cliente, na área de saúde e pronto-atendimento, visitar um pit-stop de uma corrida de carros ao invés de outros hospitais. Como em ambas as situações cada segundo importa, a empresa desenvolveu kits de socorro impressionada pelo impacto dessa experiência “in loco”.
Ao mudar a percepção ganhamos a possibilidade de ver oportunidades que não víamos antes. Entendemos que ser um empresário digital é usar os recursos de uma tecnologia com a capacidade de ir muito mais além do que simplesmente atender a uma demanda. Ser um empresário digital talvez seja estar conectado com as possibilidades infinitas para fazer desse lugar, um mundo melhor.
Pense nisso e boa leitura!
