Estávamos quase fechando esta edição da revista quando, em uma noite, fiz a seguinte reflexão: por que os casamentos acabam?
Descobri que o principal problema costuma ser algo em que deveríamos ser especialistas: a comunicação. A falta dela? Não. Acho que a coisa está mais para um erro de julgamento já que, com frequência, sempre achamos que qualquer problema é culpa do outro e não nossa.
Então parti dessa reflexão para fazer uma analogia com os nossos negócios. Seguindo essa linha de raciocínio, procurei perceber se culpa por meu cliente não comprar meu produto é ou não é dele. E pensei: o que eu posso fazer para mudar essa relação e salvar o meu “casamento”?
Um bom marido, querendo voltar às boas com a esposa, com certeza iria dispensar mais atenção a ela. Se esforçaria por escutar mais, seria mais compreensivo e buscaria entender suas razões pelas queixas. Enfim, faria a sua parte. E, quando isso acontece, normalmente o outro reage de forma positiva.
Assim, olhando para dentro da minha atividade, comecei a questionar o que, de fato, deixei de fazer.
Descobri que a base de dados (a lista de clientes) não era tão boa quanto eu imaginava. E, por isso, comecei a pesquisar, durante meses, formas de atualizar esses dados até construir um Big Data, com informações oficiais, dinâmicas e atualizadas junto aos órgãos públicos, bases assinadas e algoritmos que fossem muito além do simplesmente óbvio.
No casamento aprendi a escutar e descobrir que podemos explorar nossos sentimentos de formas criativas e enriquecedoras para o relacionamento. Foi assim que eu descobri uma nova paixão: cozinhar para a minha família.
Nessa mesma linha de aprendizado, descobri, estudando as mídias digitais, que o impresso pode ser relevante se o conteúdo específico for entregue a um empresário ligado a esse segmento específico. Eu posso entrevistar um profissional de marketing direto e entregar seu produto somente para as agências de marketing direto. Foi o que fiz, além de dezenas de outras mudanças que estamos implementando, como site, parcerias com programas de televisão, associações, organizadores de feiras etc.
Seguindo essa analogia, descobri que nem tudo eu consigo fazer bem pelo digital. Sexo, logicamente, é muito mais prazeroso se for presencial. Assim, percebi que a revista deveria ter de volta a sua “alma” retornando à prática de fazer entrevistas olhando nos olhos das pessoas, cara a cara,” sentindo e vibrando” com o assunto enfocado. Esse retorno às origens você já vai ver com a matéria de capa desta edição.
Ter uma casa linda, equipada com aparelhos de tecnologia de ponta, pode ser um grande fator de satisfação. Mas, ter um lugar que você possa chamar de lar é muito diferente. E isso passa pelo quanto de calor humano existe entre essas paredes. Neste mergulho interior, analisando a mim mesmo, redescobri a razão de ser da revista, ou seja, estreitar a minha relação com os leitores. Reativando essa condição, voltei a atender pessoalmente os telefonemas dos leitores e interagir mais intensamente com eles, além de voltar a visitar e “ouvir” empresas do Brasil todo.
Hoje, reativei meu círculo de contatos e empresários de diversos segmentos me ligam para saber se determinado equipamento ou serviço vale ser contratado. E isso me deixa feliz. Da soma de tudo isso, posso afirmar que estamos construindo uma nova realidade. Mais humana, direta e recompensadora para todos. Quero usar a inspiração do que podemos fazer nos nossos casamentos para apimentar a relação que existe nos negócios que geramos ou ajudamos a gerar entre nosso público.
Se você também acredita que uma boa comunicação pode melhorar a sua relação com seus potenciais clientes, case conosco! O dote que temos a oferecer é o acesso à maior e mais completa base de dados estruturados do seu universo de clientes e fornecedores. Nós sabemos onde estão e quem eles são. E queremos levar o seu produto até eles. Faz sentido para você?
Em tempo: o casamento foi a metáfora ideal que encontrei para refletir sobre o meu empreendimento de tantos anos: a revista. E essa analogia tem uma forte razão de ser. A razão é simples: amo minha esposa Karen com quem me casei em junho de 2000. Foi nesse mesmo mês que lancei esta publicação. São, portanto, dois dos meus maiores amores na minha vida, além de minha filha, é claro. Dois relacionamentos que precisam de dedicação, criatividade, empatia e comunicação, sempre. Elas merecem tudo isso, e muito mais.
Por Marco Marcelino