Há oito anos, em Junho de 2008, Steve Jobs encantava o público com o anúncio do outrora icônico iPhone 3G, o qual além da conexão homônima, trazia como grande novidade o acesso á Apple Store. Ainda me lembro de ver pela primeira vez, em plena rua, o novo Gadget, apresentado como uma obra de arte nas mãos de um Applemaníaco. O aparelho tinha um design surpreendente, sua tela inteiriça e a maneira intrigante de acessá-lo através dos indicadores, numa época em que o dinossauro BlackBerry era o queridinho dos executivos.
De lá para cá a Apple tornou-se a empresa mais valiosa do mundo, Steve Jobs o grande oráculo da tecnologia, e os smartphones, uma nova categoria de produto, criaram um bilionário mercado de aplicativos e novos modelos de negócios, tais como Uber e Waze. Não obstante o sucesso retumbante da empresa de Palo Alto, pela primeira vez em muitos trimestres a empresa viu seus resultados diminuírem de um trimestre para outro, cuja explicação de seu CEO baseou-se na situação econômica mundial.
Outro olhar interessante pode ser feito utilizando-se a matriz BCG, criada pela consultoria Boston Consulting Group, cujo objetivo é analisar a atratividade do portfolio de uma empresa através de quatro quadrantes: vaca leiteira, estrela, interrogação e abacaxi, conforme o crescimento do segmento e sua participação de mercado. Correlacionemos também ao ciclo de vida do produto: introdução, crescimento, maturidade e declínio, para tentar explicar o momento vivido pela Apple.
- Vaca Leiteira: mercados com baixas taxas de crescimento e produtos com alta participação, posicionados como maduros no ciclo de vida. As empresas obtêm neste quadrante as receitas necessárias para investir em suas estrelas e interrogações, uma vez que as margens costumam ser altas, face a menor necessidade de gastos em divulgação. Caso clássico do iPhone, cujas vendas representam 2/3 do faturamento da Apple e 20% do mercado total de smartphones, abocanhando todavia, surpreendentes 80% dos lucros gerados por todos os fabricantes.
- Estrela: mercados com altas taxas de crescimento, e produtos com alta participação,…
Por Marcos Morita
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