Como lidar com a nossa ansiedade diante de um cenário que exige cada vez mais de nós – mais assertividade em tomada de decisões, mudanças cada vez mais rápidas e buscas por reinvenção e inovação?
Acredito realmente que nossos mecanismos internos não sejam de todos negativos, o problema é iniciado quando isso afeta nossa capacidade de utilizarmos todo nosso potencial. Consegue se lembrar de alguma vez em que possuiu (ou ainda possui) preocupações demasiadas que chegaram até a afetar sua autoconfiança, pró-atividade, criatividade e habilidade de tomar decisões?
Ou aqueles momentos que mal percebemos, mas estamos operando no modo automático, permitindo com que uma série de acontecimentos ou pessoas passem desapercebidos.
Parando para analisarmos objetivamente, nossa maior fonte de angústia pode não estar no problema de fato, mas sim, em nossas elucubrações diante dele. De repente, o que mais tememos que aconteça, é concretizado pelo “simples” fato de termos dado maior foco naquilo. Longe de ser uma questão mística, nosso cérebro está constantemente criando imagens mentais, estas que orientam a forma como nos comportarmos diante das situações.
Imagine que uma pessoa precise alcançar o faturamento de 1 milhão e meio até o final do segundo semestre, ela já possui 1 milhão e duzentos. Como ficaria sua performance e produtividade caso ela pensasse: “E se eu não conseguir? E se eu não conseguir vender tudo que preciso? E se…E se…”?
Em um de meus atendimentos e reflexões com uma cliente, ela me disse o quanto se sentia ansiosa, não conseguindo dormir, ter tempo de qualidade com a família e ter uma produtividade melhor durante o período em que, em tese, precisaria ter. Isto porque, possuía um desafio maior do que já teve e me dizia ter medo de como seria sem essa ansiedade, pois de alguma forma, lhe parecia estar em progresso, como se, sem ansiedade, se sentiria estagnada.
O problema disso é que, justamente por permanecer extremamente ansiosa, acabava perdendo de vista os detalhes que fariam a diferença para a entrega do resultado a ser realizada. É enquanto nos “pré-ocupamos” com o “e se”, ficando cada vez mais ansiosos, que o nosso poder criativo se perde. Ao mesmo tempo, a preocupação com o futuro pode ser uma forma de se precaver contra possíveis resultados negativos. Acredito que a diferença esteja em “o que fazemos com essa preocupação”.
Para esses momentos, pense: O que de pior pode dar errado? Quais são os piores cenários possíveis? Diante disso, quais podem ser as estratégias e ações para combater isso ou, ainda, ações que possa desenvolver para se prevenir que isso aconteça?
Existe uma diferença no mapeamento dos cenários possíveis e isso permeia a decisão de buscar por estratégias ou permanecer pré-ocupado. O que vai funcionar melhor para você?