Sempre me perguntam sobre calandras, e para ilustrar um comparativo entre elas: as calandras nacionais e importadas.
Partindo do princípio que, todas tem um cilindro com um certo diâmetro, um determinado volume de óleo e um feltro que dependendo da região que estamos são chamados de tapetes, todas elas “tem a mesma função”. Transferir as imagens do papel para o tecido.
Em nosso mercado existem vários modelos para diversos tipos de aplicações e trabalhos específicos. Falaremos de um modo geral, que acredito, vale para a maioria dos modelos encontrados em nosso mercado.
Entre esses vários modelos o que mais chama a atenção, são os materiais empregados em sua construção e a tecnologia empregada na mesma.
Quando estamos perto de alguns modelos, sentimos aquele calor insuportável. Não porque esta quente demais, geralmente a temperatura está configurada pelo operador a 200 graus ou até um pouco mais. Isso ocorre porque a abertura entre os eixos que transportam o feltro são aberturas grandes, fazendo com que o calor “escape” e não seja aproveitado em sua totalidade.
Um detalhe importantíssimo é: a variação do termostato das resistências do cilindro. Alguns modelos podem chegar a 10 graus para cima ou para baixo. Ou seja, se esta marcando 200 graus no painel do equipamento, com esse range poderá chegar a 210 ou 190 graus. Em contrapartida, existem equipamentos em que esta variável chega no máximo a 3 graus para cima e para baixo. Na prática, significa que quanto menor for a essa variação mais constante será o aquecimento do óleo do cilindro, que por sua vez terá uma constância nas cores a serem transferidas.
As regulagens da tensão do feltro por sua vez são, em alguns modelos regulagens manuais, outros modelos ajustes eletromecânicos. Pelo painel do equipamento, as tensões se regulam milimetricamente.
Algumas tem painel eletrônico outras não, para as que possuem esses tipos de painéis as funções controladas são mais precisas. Tudo isso ajuda , e muito, nos resultados finais dos trabalhos.
Existe, em alguns modelos, a opção de uma maior pressão entre os cilindros. Garantindo maior poder de transferência do papel para o tecido. Mesmo que se utilize a mesma temperatura e tempo de passagem para os trabalhos “normais”.
Fique atendo aos eixos que suportam o tecido, papel impresso e papel de proteção. Embora eles suportem uma quantidade elevada de material a serem transferidos. Um bom suporte com um diâmetro razoável não tende a ceder e assegura a estabilidade dos trabalhos.
Outro ponto interessante é o uso do dogal, mas não são todas as calandras que possuem este benefício. Fazendo com que operador tenha muito trabalho na hora de transferir determinados tipos de tecidos. O que requer maior atenção, mais tempo no preparo para transferência e a produtividade diminui consideravelmente, fora todo o estresse que o operador passa neste momento.
Em questão da segurança de operação, observe se o modelo a ser escolhido tem vários pontos com dispositivos de emergência para preservar o operador. Também é importante verificar a qualidade destes dispositivos e durabilidade, este é um fator que conta não só para o operador, como também para as demais pessoas que trabalham indiretamente com uma calandra.
Embora todas elas possuam particularidades específicas, na hora de escolher sua calandra, pesquise. Algumas pessoas pensam que são todas iguais, mas não são. Na prática, são os pequenos detalhes que fazem toda a diferença. Estando diretamente ligado ao resultado final dos trabalhos a serem transferidos.
Concordo que a disparidade entre valores seja elevada, quanto mais qualidade e tecnologia mais o valor final aumenta. Porém, mais eficiência, produção e tranquilidade na realização dos trabalhos sem ter prejuízos. De modo geral depois de conversar com várias pessoas, vale a pena investir um pouco a mais e ter a tranquilidade na hora de produzir os trabalhos.