A neurociência também vem sendo utilizada como base para a resolução de conflitos corporativos. Programas como neurocoaching e neuroliderança vêm se popularizando e promovem o desenvolvimento de uma inteligência que capacita a perceber os principais pontos que precisam ser trabalhados dentro de uma equipe.
A gestão não é uma ciência exata, mas nem por isso deixa de ter princípios a serem seguidos. Não há uma fórmula única e precisa para o sucesso, mas acreditar na existência desse modelo reduz a insegurança de ter de lidar com variáveis sobre as quais não temos controle.
O grande desafio da liderança é aprender a liderar a si mesmo para fazer o que é preciso quando necessário. À medida que o córtex pré-frontal se fortalece, pode gradualmente substituir os pensamentos indesejados e as respostas automáticas. Por isso, é o Neurobusiness possui uma vertente especial dedicada à Neuroliderança para entender qual a melhor forma de fazer uso do potencial máximo do nosso córtex pré-frontal, ou da nossa cognição, para atingir resultados mais consistentes.
A Importância do Autoconhecimento
A autoconsciência é uma forma de criar a liderança compassiva, capaz de entender e ter mais empatia com a equipe. Se queremos ser melhores como médicos, empresários, empreendedores e demais profissões, só o faremos se conhecermos um pouco mais do Homo sapiens que há em nós. Já dizia a antiga máxima grega, “Conhece-te a ti mesmo”.
Coloque a pessoa certa no lugar certo
Uma seleção eficaz envolve prestar atenção a três áreas: o que as pessoas gostam de fazer, o que elas fazem melhor e quais tarefas ou funções trazem mais benefícios para sua organização. Muitas vezes um colaborador pode se sentir em um beco sem saída porque nunca encontrou um trabalho o qual pudesse se desenvolver. Quando alguém está na posição errada, mesmo que trabalhe duro, sua chance de sucesso é limitada. Em vez disso, ajude seus colaboradores a encontrarem a sua paixão.
Conexão é a etapa mais poderosa
Os colaboradores pouco engajados se sentem muitas vezes distantes das outras pessoas, da organização e de seus empregos e isso drena a energia deles. Eles até trabalham, mas apenas para “cumprir tabela”, por parecer que seu esforço não importa e ninguém se preocupa com isso. Um bom gestor pode reverter essa desconexão, criando links entre os indivíduos e as ideias. Esse senso de conexão conduz à excelência e ajuda as pessoas a produzirem melhor.
O reconhecimento constrói atitudes
Para que as pessoas brilhem no trabalho, é preciso reconhecer seus esforços. Este reconhecimento pode ir desde uma palavra informal de agradecimento a um bônus ou uma celebração formal. Foque nos elogios ao invés de se concentrar nos erros ou equívocos. Em seguida passe à observação: sem alarde, preste atenção no que os colaboradores fazem bem feito e reconheça verbalmente. Isto constrói conexões, fidelidade e ética.
Em resumo, podemos dizer que quando um líder precisa construir relações que inspirem e motivem os outros a fazer o seu melhor, inovar e adaptar. Por isso, é fundamental que estejam atentos às suas percepções de mundo, como às dos seus liderados, e se lembrem sempre do poder do contexto, seja externo, seja o design organizacional. Mas, acima de tudo, que nunca fujam de encarar a realidade que se encontra na sua frente.
Evitamos olhar para ideias que desafiem os nossos pressupostos, mas eu o convido a fazer isso por alguns momentos. Olhe sem preconceitos para os problemas e desafios que tem enfrentado, usando como lentes o que foi exposto aqui e que, de alguma forma, pode explicar o que está acontecendo. Faça esse teste e veja como através de um diálogo sincero e aberto somos todos capazes de crescer e expandir nossas percepções.
Iara Luz é Master Coach pela Sociedade Brasileira de Coaching e fundadora da Direction Coaching, empresa preparada para guiar transformações positivas em empresas e organizações. Atua há mais de 20 anos na área de liderança de equipes e trabalha como Coach de Vendas aplicando técnicas de Coaching e PNL. www.iaraluz.com