S e tivesse que definir esse ano em uma palavra, não pensaria duas vezes para elencar a palavra rali, que representa bem a corrida que foi 2019.
Dos fatos políticos aos desafios comerciais, 2019 tem figurado como um ano VUCA (volatility, uncertainty, complexity e ambiguity). Esse termo é um acrônimo e foi traduzido do inglês baseando-se nas teorias de liderança de Warren Bennis e Burt Nanus para descrever, ou refletir, sobre a volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade das condições gerais percebidas como resultado do final da Guerra Fria, que durou até 1991 — não que estejamos em guerra, eu acho.
Apesar do contexto militar, a expressão traduz muito bem os desafios enfrentados no âmbito empresarial, especialmente nos dias de hoje, marcados pela era digital. O volume de informações e a agilidade com que as mudanças ocorrem interferem, diretamente, no posicionamento das empresas, causando verdadeiras transformações, para o bem e para o mal.
Algumas empresas ficam pelo caminho, outras, no entanto, continuam correndo. Mas, meu caro leitor. Existem aquelas que estão voando. Poucas, aos meus olhos, mas elas estão aí provando assertividade e fazem muito por merecer. Elas investiram e se prepararam, em algum momento, para tomar risco e ousar. Mas, o que preciso destacar aqui, é que a transformação nem sempre é deliberada.
A incapacidade de prever o futuro, mesmo olhando dados presentes, dificulta as relações e a capacidade de agir. E isso é mais comum do que imaginamos. Este ano foi um daqueles que despertam questionamentos, trazendo à tona o quanto precisamos deixar ainda mais claro as nossas ofertas e entregas.
Afinal, vamos ser francos: a expectativa frustrada, muitas vezes, vem da capacidade de saber escutar e ou saber o que dizer. E quando as informações são ignoradas, só tende a piorar. No entanto, diante do rali que foi 2019 e da contagem regressiva para o novo ano, vivenciamos um período em que nós, como instituições, paramos para avaliar a trajetória e, assim, se preparar para o novo ciclo. Particularmente, acredito que 2020 será um ano épico.
Não somente pelo cenário econômico e ciclo de acontecimentos globais, mas porque, acima de tudo, aprendemos muito. Por isso, as oportunidades virão em diferentes contextos. Ao mesmo tempo, é preciso considerar que os clientes estão cada vez mais abertos a compartilhar as suas dores e necessidades e, assim, fazer com que o mercado se aperfeiçoe ainda mais e crie oportunidades únicas nos diferentes nichos.
Porém, neste momento de avaliação, é importante lembrar que você não precisa se debruçar em características técnicas para vender uma solução ou serviço. Mas precisa aumentar a percepção do público-alvo por meio de conteúdo relevante que faça com ele enxergue, entenda e escolha o seu serviço.
Essa é uma das estratégias que pode garantir a diferenciação de mercado e fazer com que o seu negócio esteja entre aqueles que voaram durante 2019. Eu acredito nisso e considero que a mudança estratégica, com ideias e ações que fazem a diferença, são cruciais para construir um novo presente, mas sempre de olho no futuro.
E você? Já têm ideias para 2020?