É bem verdade que esta fase de polarização (esperemos que não passe de uma fase) tem provocado estrago em muitas relações pessoais – e profissionais também. Homens de negócio de direita evitando fechar negócio com outros que são mais abertamente de esquerda, e vice-versa.
O resultado é ruim para todo mundo: perde-se uma oportunidade de trabalho conjunto, que poderia render novos negócios, inovações e complementariedade nos projetos de cada um.
Mas mais do que isso: perde-se uma chance de diálogo, de enxergar o outro com olhos livres de preconceito, e refletir sobre quanto há de razão em ambos os lados – e sobre quanto desse ódio que hoje sangra pelas redes sociais poderia ser dizimado com uma atenção profunda e legítima aos valores do outro.
Einstein dizia que só existe luz porque existem sombras. E eu acredito muito no poder de transformação das coisas – e das pessoas. Na capacidade que temos de vencer objeções e seguir adiante. Mesmo no ambiente de negócios, as oportunidades só vão para a frente porque somos pessoas se relacionando com pessoas.
A tecnologia, ainda que majestosamente configurada, representa apenas um meio para que essa relação seja bem-sucedida. E eu acho que a arte tem justamente esse poder de transformação – e de promover relações, diálogo, reflexão.
As formas como as imagens se combinam, luz e cor, quando manipuladas por um artista com um propósito na cabeça, podem despertar os sentimentos mais diversos. E nos acordar para a nossa própria humanidade. A minha e a do outro que, dependendo da circunstância, pode discordar de mim radicalmente em diversos temas, mas que precisa trabalhar a empatia, lembrar-se de que está lidando, sempre, com outro ser humano – mesmo que no lado oposto desse muro ideológico.
Eu busco aprender com pessoas de diversas preferências políticas, econômicas, linhas ideológicas, religiões… Até com palmeirenses eu converso sem (muito) preconceito. Hehehe… Brincadeiras à parte, o fato é que essa curiosidade pelo que o ser humano tem de extraordinário me permite encontrar pessoas incríveis – que enriquecem a minha capacidade de perceber nosso universo de outras formas. E um indivíduo em especial me causou tamanha admiração que eu quis compartilhar a visão de mundo dele aqui com você.
Tive o imenso prazer – e a sorte – de conhecer o fotógrafo Gabriel Wickbold em 2019, um profissional que faz grande arte ao mesmo tempo que mantém uma paixão pelo seu lado empreendedor. E, a propósito, suas obras são incríveis.
Faça um favor a si mesmo e comece a seguir o Instagram do Gabriel. Sua trajetória extraordinária, que passa por um mergulho no autoconhecimento e na expressão artística de seu profundo humanismo, você vai conhecer aqui na entrevista sensacional conduzida pelo jornalista Alexandre Carvalho.
A série mais recente do trabalho autoral do Gabriel – “I am Light” – dialoga com esse autoquestionamento que a Empresário Digital sempre recomendou aos nossos valiosos leitores: nós todos temos luz própria. E temos dentro de nós tudo o que precisamos para o sucesso em nossas jornadas.
Eu não sei o que você deseja para o seu ano novo. Fato é que, independente de crença, valores ou opção política, todos queremos evoluir. E o único caminho é nos alimentarmos daquilo que nos faz bem.
Nesse menu 2020, inclua um maior contato com a arte, com conteúdo positivo e o desenvolvimento de boas relações. Daí fica mais divertido fazer o que já temos competência para fazer. À tecnologia, restará apenas o papel de nos ajudar nesse caminho.