Glossofobia, do grego: glōssa (γλῶσσα), “língua” + fobos (φόβος), “medo” ou “temor”, representa o medo de falar em público. De acordo com o Sunday Times, as pessoas temem menos a morte do que um palco, uma plateia, alguns holofotes e um microfone.
Muitos pensam que só quem fala bem é quem nasce com dom, quem tem a voz boa, quem não gagueja e quem não fica nervoso. Porém, isso não existe. A oratória é uma People Skill, ou uma capacidade socioemocional. O que quer dizer que você também pode (e deve) aprender essa habilidade.
Escute mais, fale menos!
Já ouviu falar de escutatória? Rubem Alves criou esse termo como um primo próximo da oratória para explicar o que seria a arte de saber ouvir. Diante disso, o autor dizia que todo mundo queria aprender a falar, só que ninguém queria aprender a ouvir. Um fato, concorda?
É comum não esperar a pessoa com quem estamos conversando acabar de expor seus posicionamentos para dar a nossa opinião sobre o assunto em questão, por exemplo. Acontece que escutar com atenção e refletir sobre o que está sendo dito, estando presente em corpo e pensamento, é mais difícil do que se imagina.
Entretanto, assim como a oratória, a escutatória também pode e precisa ser desenvolvida. Para dar esse passo é importante identificar que tipo de ouvinte você é.
Existem 7 tipos principais de ouvinte:
• Tipo 1: o cara de paisagem
É aquele que não escuta você de verdade, não presta atenção e apenas está presente fisicamente.
• Tipo 2: o desfocado
É o ouvinte que não faz questão de disfarçar que não está prestando atenção. É nisso que ele se difere do “cara de paisagem”, que, às vezes, disfarça.
• Tipo 3: o racional
É aquele que não tem a mínima consideração e empatia por você no momento do seu desabafo e interrompe sempre.
• Tipo 4: o do contra
Um parente próximo do racional. Ele sempre quer mostrar que você está errado, questionando e quebrando o diálogo para mostrar que está certo.
• Tipo 5: O ansioso
Interrompe a sua fala e tenta encerrar rápido os assuntos.
• Tipo 6: o egocêntrico
Para esse ouvinte: “o meu pior é melhor”. Ele gosta de competir para provar que está sempre em uma situação pior que a sua.
• Tipo 7: o conselheiro
Tem todas as soluções na ponta da língua, o que dificulta que as pessoas se abram e expressem as suas emoções.
É fácil se identificar com um desses, mas o ideal é ser um ouvinte empático e se comunicar de forma não-violenta. Isso significa ser mais claro, falar sem machucar e ouvir sem ofender.
Todavia, não quer dizer que devemos ficar calados quando formos maltratados, mas que devemos ser respeitosos, pois através do respeito, é possível criar pontes com os outros, se conectar e aprender coisas fantásticas.
Esteja preparado!
Estar preparado é fundamental para conter o nervosismo, e mesmo em situações em que é necessário improvisar, estar munido com boas técnicas também é uma tática importante para se sair bem em apresentações importantes.
Para ocorrer tudo bem em reuniões, na banca do TCC ou até em entrevistas de emprego, é importante tomar alguns cuidados, como planejar bem o conteúdo da sua apresentação; afinal de contas, você pode ficar nervoso e acabar esquecendo alguma coisa que não deveria.
Nesse sentido, quando estiver planejando o que for falar, pense muito bem na linguagem que vai usar e o tipo de público para o qual a sua apresentação será direcionada, uma vez que todas essas variáveis influenciarão na construção da sua confiança.
Lembre-se de que a sua intenção tem que ser fazer com que as pessoas que estão ouvindo compreendam a sua mensagem de forma clara. Por isso, encare o momento da sua apresentação como uma conversa entre amigos, em que você pode falar de forma natural.
Durante esse momento, inclusive, vale abusar da simpatia e sorrir.
Em última instância treine bastante, faça ensaios prévios até se sentir seguro e saiba que você só vai aprender a falar bem de uma forma: falando.
Respire, não pire!
Você sabia que a forma como você respira influencia a maneira como reage a certas situações? Já notou que quando alguém está em perigo ou bastante estressado a primeira coisa que muda é a respiração?
Nossa respiração deveria ser diafragmática ou abdominal, porque ela oxigena melhor o corpo e assegura benefícios como redução da ansiedade, melhora da postura corporal e diminuição do cansaço. Você presta atenção na sua respiração nos momentos em que precisa falar em público?
Tendo esse cuidado, além de ficar mais tranquilo, ficará mais fácil fazer pausas durante a sua fala. Assim, você pode evitar o “éééé” ou “hammmm” no meio do seu discurso e os tão temidos vícios de linguagem.