Semelhantes às reações que temos em nossas vidas são as dos ambientes corporativos, pois todas as empresas são formadas por pessoas que, juntas, às vezes de forma massificada, definem o comportamento da empresa. Às vezes me pergunto por que as pessoas não agem, não tomam atitudes diante das oportunidades, por que esperam ser mandadas, mesmo vendo que poderiam fazer algo sem ser solicitado. Aliás, esse é o ponto que realmente faz com que pessoas proativas se diferenciem das reativas.
Seria a vontade, o entusiasmo, ou seriam os propósitos, as motivações, que fazem com que as pessoas sejam famintas por seus ideais? Sinto que muitas vezes me falta muito aprendizado para entender os reais motivos que diferenciam os seres diante das mesmas situações. Não posso ser hipócrita e afirmar que não sou nem um pouquinho preguiçoso sobre determinados assuntos, principalmente de ordem particular, mas frequentemente vejo pessoas exercendo seus papéis de forma tão automática, tão sem entusiasmo, sem colocar nada de si no trabalho que desenvolvem, que eu mesmo acabo ficando estático. A preguiça do ser humano é algo a ser combatido todos os dias com unhas e dentes. Sou uma pessoa que se cobra muito, não me conformo muitas vezes em ver oportunidades passando sem me jogar por inteiro diante delas, para transformá-las em conquistas reais.
Se deixo passar alguma oportunidade é porque não me dei realmente conta dela naquele momento, por algum motivo não a vi diante de mim. É provável que o que acontece comigo aconteça com várias pessoas, que elas também não vejam a oportunidade passar e, da mesma maneira que as critico, posso estar sendo criticado por pessoas mais astutas do que eu.
Algumas vezes leio casos de grandes empresários que foram muito além em seus resultados porque enxergaram possibilidades no que estava bem próximo, tão próximo que ninguém mais viu, quase como se a proximidade levasse a pessoa a ficar completamente cega. Esses homens são visionários, têm um tipo de capacidade que é pouco entendida pelas pessoas que estão junto deles.
Não podemos deixar de registrar que todos eles têm características comuns que os diferenciam dos demais, e uma delas é desconhecer o significado literal e figurado da palavra preguiça, assim como todos têm a predisposição de tentar, independentemente do resultado.
Empreendedores visionários são seres dotados de alta convicção, aptos ao acerto pela sinergia desprovida do pessimismo e dos achismos precoces. Se, como aponta o dicionário, preguiça é a inatividade de uma pessoa, aversão a qualquer tipo de trabalho ou esforço físico, um tipo de procrastinação, é lamentável que muitos sejam seus adeptos. É realmente difícil aceitar que existam pessoas preguiçosas diante de oportunidades que estão bem diante dos seus olhos, que não fazem nenhum exercício para desenvolver a percepção e aproveitar as oportunidades que lhes surgem, que se deixam levar pela PREGUIÇA, pela má vontade ou pelo descaso.
Só há algo que incomoda mais do que a preguiça do ser humano: é quando este comportamento atua de forma conjunta, em equipe. Daí é imensurável o tamanho do estrago que pode causar a uma empresa, além de ser um péssimo exemplo aos que estão remando com afinco. Mas, muitas vezes, há exceções e ações. É quando o preguiçoso convicto espera de maneira gatuna alguém ver a oportunidade para ele pular na frente e fazer. É aquele espertalhão que fica atento para os predispostos de plantão para agir nestas situações, jamais falará em preguiça.