As pessoas, o tempo e os dados

Novos tempos acelerados por uma pandemia nos levarão a um mundo com novos desafios.

Eu sei que muitos falam de transformação digital como algo inovador, e talvez seja para a maioria. Mas já não é mais uma novidade. Também sei que existem diferentes entendimentos do que isso significa. Na minha opinião, transformação digital significa humanizar para automatizar. Aconteceu já em 29 de junho de 2007, quando um maluco chamado Steve Jobs dividiu hardware (iPhone) e software (aplicativos). Ali nascia um fenômeno que mudou a regra do jogo e hoje há milhões de aplicativos diferentes para facilitar as nossas vidas, a qualquer momento e em qualquer lugar. Todos nos tornamos emissoras e podemos influenciar as pessoas com o nosso conteúdo e a nossa exposição.

Mas é fato, que ainda não sabemos o que fazer com tantos dados no momento em que escrevemos uma cultura mais analítica. O farto campo das ideias tem limites e barreiras, como a infraestrutura, por exemplo.

E se isso também for visto como oportunidade? Os modelos mentais mudam em busca de soluções disruptivas, seja com o olhar de se tornar um unicórnio ou emplacar uma ideia social.

A palavra de ordem e os grandes desafios talvez estejam na integração das economias. As objeções vão desde as regras de negócio, passando pelas leis, até o julgamento sobre a ética. Com tanta demanda para o consumo, a escassez dos recursos leva a novos caminhos e escolhas. Ninguém disse que seria fácil.

A tecnologia se faz presente e nos provoca a pensar no futuro – que pode ser daqui a alguns anos ou minutos. Temos ainda um modo simplório de pensar na progressão das coisas de forma linear, quando, na realidade, tudo tem acontecido exponencialmente. O longo prazo do início do século ficou muito mais curto hoje. Até para pedir um Uber, perdemos a compostura por uma demora de poucos minutos.

A verdade é que não precisamos ter razão, cada um entende o seu senso de urgência e necessidade. É por isso que entender o contexto diante desse novo mundo é um superdesafio. É um mundo cheio de incertezas e sob as mais diversas óticas sociais. Então, que bom que surgem cada vez mais pessoas incríveis que defendem agendas diferentes, derrubando o preconceito e as práticas tóxicas que afastam as chances de uma vida próspera e feliz.

Por isso, valorizamos e damos espaço para gente que compartilha boas experiências: do alto executivo que trabalha e gosta do luxo, até o propósito dos que defendem uma agenda minimalista.

Penso que as narrativas chatas com julgamento sobre o consumo, darão lugar ao altruísmo e que a análise do contexto nos ajudará a entender além da incapacidade de governar o próprio tempo.

E então, quando me vejo a bordo de um carro elétrico rodando 600 km, me dou conta de que o discurso deu lugar a um movimento incrível, capaz de poupar 30 anos de vida de uma árvore. Por isso acredito que novas tecnologias vão nos levar para lugares incríveis. É tudo uma questão de tempo.

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Outubro 2024

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