O atual modelo de pensamento nos instiga a considerar consequências ambientais, sociais e de governança nos nossos investimentos. As boas práticas de ESG (Environmental, Social and Corporate Governance) nos direcionam para um mundo de fato melhor, agora e no futuro. E isso vai além das nossas empresas, começando pela pessoa física.
Eu, particularmente, acredito que estamos vivendo um estágio, no qual vem florescendo a consciência de mais respeito humano, animal e do meio ambiente. Há um crescente número de pessoas preocupadas em construir relações mais respeitosas. Mas, cá entre nós, há quem ainda acredite e use “as boas práticas” como estratégia de marketing (Greenwashing).
Outro dia, um empresário que trabalha para grandes grupos econômicos comentou comigo sobre o prazo de pagamento, que chega a 180 dias, enquanto o único mecanismo de antecipação só pode ser feito com a própria empresa por uma taxa de 2% ao mês, sem falar nas práticas de compra que levam as margens a uma relação esmagadora. Mas, nos comerciais da marca na televisão, o que aparece é o apelo do respeito e da humanização.
É óbvio que as empresas foram criadas para gerar lucro, mas, quando analisamos os números, o conhecimento e as experiências entendemos que pagar menos nem sempre significa ter o menor custo. Um sistema aparentemente mais caro de impressão têxtil gera economias significativas de energia, água, estoque e tempo, quando comparado a sistemas tradicionais. Se o departamento de compras de uma empresa está isolado no propósito de pagar menos, não há como integrar os conceitos.
A verdade é que leva tempo para conciliar pessoas, planeta e resultados financeiros. O desafio é grandioso, mas podemos seguir as boas iniciativas, por isso convidamos Guilherme Weege, CEO da Malwee, para uma entrevista. Ele figura como uma das maiores lideranças do setor têxtil, uma pujante economia no Brasil, mas que também é a segunda que mais polui o meio ambiente. Cerca de 20% da poluição de rios e 10% da emissão global de CO2.
No entanto, ao longo de 115 anos de história, o Grupo Malwee carrega um legado de inovação e sustentabilidade, e figurando como um dos maiores investidores do país. Emprega cerca de 4.500 pessoas e produz mais de 40 milhões de peças. Escutar um líder como Guilherme Weege representa muito. Como se não bastassem os insights, escutamos sobre como nos mobilizar além dos dados e como podemos investir melhor.
Não existe uma fórmula única ou pronta, estamos construindo uma nova cultura em que muitas geografias, setores e ativos sofrerão mais para se transformar. Mas todos precisamos nos desafiar para entregar, para as próximas gerações, um planeta melhor do que herdamos.
Temos sim, a oportunidade de participar da mais significativa transformação da história. Podemos associar as boas práticas com os melhores resultados. Afinal, além dos recursos finitos, temos tecnologia e entendimento.
Me deixe saber o que você achou do papo com Weege e o que tem feito em termos de transformação. Essa troca de ideias muda o mundo.