A plataforma de ativos digitais, Mercado Bitcoin, por meio de sua equipe de pesquisas, projeta um 2024 revolucionário para o ecossistema cripto. As diretrizes apontadas sinalizam um caminho iluminado por regulação adequada, inovações tecnológicas e uma crescente aceitação do mercado.
A aprovação do primeiro ETF de Bitcoin emerge como um marco promissor, potencializando a visibilidade e a confiança no ativo. Esse evento é aguardado para desencadear uma onda de investimentos, elevando potencialmente o Bitcoin para patamares acima dos US$ 70 mil em outubro. Essa previsão otimista se ancora na combinação de aumento na demanda e uma oferta reduzida, especialmente considerando o halving do Bitcoin, um evento que historicamente impulsiona seu valor.
O mercado também está de olho no Ethereum, que, seguindo os passos do Bitcoin, pode ver a criação de um ETF à vista de ETH. O Merge de setembro de 2022 é um divisor de águas para o Ethereum, tornando-o um ativo mais escasso e demandado, principalmente devido ao aumento do uso da rede.
No entanto, nem tudo são rosas. O sucesso do mercado cripto continua a atrair olhares mal-intencionados, aumentando o risco de hacks e atividades fraudulentas. A regulação surge como uma luz no fim do túnel, prometendo maior segurança e estabilidade ao setor. As negociações com o Departamento Americano de Justiça e a depuração do mercado são passos cruciais nessa direção.
O ano de 2024 é descrito pela equipe do Mercado Bitcoin como um período de alinhamento de estrelas para o ecossistema cripto, onde elementos positivos convergem para um mercado mais robusto e confiável. A expectativa é de um crescimento contínuo, atraindo mais investidores e solidificando a criptomoeda como uma classe de ativo relevante.
Então, vamos lá às 10 teses:
1. Fluxo entre US$ 10 bi e US$ 20 bi para BTC com aprovação de ETF à vista
O mercado operou em 2023 na expectativa da aprovação do ETF à vista, que deve sair em janeiro de 2024 ou, no mais tardar, no mês de março. A entrada de players como a BlackRock, maior gestora de recursos do mundo com US$ 14 trilhões sob administração, pode elevar o fluxo para bitcoin em algo entre US$ 10 bilhões e US$ 20 bilhões nas primeiras 4 semanas após a aprovação, calcula a equipe de pesquisas do Mercado Bitcoin.
2. ETF à vista de ETH
A aprovação do ETF à vista de BTC deve estimular o mercado a criar instrumentos semelhantes para outros ativos digitais. O ETH é o candidato mais provável. Aliás, em novembro de 2023, a BlackRock anunciou o interesse em lançar um ETF à vista de ETH na Nasdaq. Pelos cálculos do MB, até julho de 2024 poderemos ter a aprovação desse instrumento. O aumento na demanda poderá levar a uma valorização do ETH de 32,3% em 2024, segundo a equipe de pesquisas do MB. Esse impacto positivo se estenderia até pelo menos 2026, com uma alta acumulada até lá de 82,7%, apenas devido a inauguração desse instrumento de investimento.
3. Halving do Bitcoin
Os analistas do Mercado Bitcoin avaliaram o comportamento de preços do BTC nos últimos dois ciclos de halving e identificaram que a criptomoeda quebrou seus recordes anteriores de preço num intervalo entre 6 e 7 meses depois do corte da recompensa do minerador. Com isso, o BTC pode superar os US$ 70 mil até outubro de 2024.
4. Escassez do ETH
No reino da oferta e demanda, o MB tem algumas notícias para o ETH. Para os analistas da plataforma, quando o Merge chegar aos seus 500 dias de vida, o que acontece neste ano, poderá se avaliar melhor a oferta da cripto. De certo mesmo, é que o Ethereum “continuará sendo o maior detentor de TVL (Total Value Locked) do mercado”. Para ter uma ideia, hoje 9,4% de toda a oferta de ETH está em aplicações de rede.
5. Atividade nas Layers 2 de Ethereum
Um pouco mais sobre o TVL (Total Value Locked). Os rollups de Ethereum, que foram bastante ativos em 2023, devem se estender ao longo de 2024 com mais força ainda. Os analistas do MB acreditam que o valor bloqueado em 2024 pode mais do que dobrar, passando de US$ 14,5 bilhões em novembro de 2023 para US$ 33,6 bilhões no ano que vem, levando em consideração uma cotação média de US$ 3.500 para o ether.
6. Depuração do mercado
No ano passado, vimos os reguladores e a justiça, sobretudo nos Estados Unidos, endurecer o discurso e tomar medidas efetivas contra os ‘maus atores’ do mundo cripto. Em novembro de 2023, o fundador da FTX, Sam Bankman-Fried, foi considerado culpado das sete acusações que pesavam contra ele e ainda pode ser sentenciado a 100 anos de prisão. Já a Binance e o seu fundador, Changpeng Zhao, o CZ, admitiram a culpa por crimes como facilitação de lavagem de dinheiro e aceitaram pagar uma multa de US$ 4,3 bilhões. Essa depuração tende a estimular a entrada de investidores institucionais em 2024, diz a equipe de pesquisas do Mercado Bitcoin.
7. Regulação brasileira
O Marco Legal Cripto deve ser colocado totalmente de pé em 2024 pelo Banco Central, que mantém um diálogo estreito com as associações e empresas do setor. Com isso, o MB vê um aumento da segurança para as empresas atuarem no Brasil, país onde ativos digitais são um assunto bastante popular.
8. Ascensão do jogos web3
A indústria dos jogos possui forte potencial rentável, devido à consolidação demonstrada: os US$ 6 bilhões investidos a partir de 2020 possivelmente renderão os primeiros frutos em 2024. Como lembra a equipe de Research do MB, jogos cripto AAA levam entre 3 a 5 anos para serem desenvolvidos. Assim, em 2024, “teremos pela primeira vez um representante do setor atingindo o patamar de US$ 10 bilhões em receita”.
9. RWA (Real World Assets)
A equipe de análise do MB estima que a capitalização de RWAs atinja US$ 6 bilhões até o fim de 2024, o que equivale a uma alta de 300%. Como lembram os analistas, a tokenização de ativos reais, fungíveis e ou não, é um mercado praticamente infinito, por permitir o fracionamento de bens que eram inacessíveis até então a investidores não qualificados. O MB avalia que esse mercado ganhe maior tração, “com destaque para 2027 e 2028”, à medida que a regulação ficar mais clara, atraindo assim investidores institucionais.
10. Aumento dos Hacks e Exploits
A esperada valorização dos criptoativos em 2024 também deve fazer atiçar ainda mais a cobiça de gigantes que não dormem nunca: os hackers. Os analistas do MB calculam que 2024 pode bater 2022, quando tivemos um recorde de US$ 3,8 bilhões em hacks envolvendo criptoativos. A cifra pode chegar a US$ 4 bilhões neste ano, com uma média de 22 ataques por mês.