Expansão visa modernizar a rede frente às mudanças climáticas e garantir fornecimento
A CPFL Energia, uma das maiores empresas do setor elétrico no Brasil, prevê investir R$ 28,4 bilhões entre 2024 e 2028. Esse montante, direcionado à adaptação da rede de distribuição e geração de energia, tem como principal objetivo enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas. A necessidade de modernização é evidenciada pelo aumento de eventos climáticos extremos, como ondas de calor e tempestades intensas, que têm impactado a infraestrutura elétrica em todo o país.
O plano de investimento da empresa representa o dobro do valor alocado em ciclos anteriores de planejamento, sendo um reflexo da urgência em fortalecer a rede elétrica para garantir a continuidade do fornecimento. A CPFL tem buscado ampliar sua infraestrutura com soluções tecnológicas, como a instalação de 18,7 mil religadores automáticos até o segundo trimestre de 2024, equipamento que permite isolar falhas na rede sem comprometer o fornecimento em larga escala.
Entre as iniciativas de modernização, a troca de postes em áreas afetadas por mudanças climáticas é um exemplo prático. No Rio Grande do Sul, a substituição de postes de madeira por estruturas de cimento visa aumentar a resiliência da rede, que antes era vulnerável ao calor intenso. Estima-se que até 2027, todas as cidades atendidas terão essa troca concluída.
A CPFL também aposta em inovação com a implementação de medidores inteligentes. O investimento de R$ 1,5 bilhão já realizado nesse segmento pode chegar a R$ 8 bilhões no futuro, elevando o controle e a eficiência no uso de energia por parte dos consumidores. Além disso, a empresa prevê a instalação de mais 51 mil religadores automáticos nos próximos anos, com o objetivo de reduzir o tempo de interrupção e aumentar a eficiência operacional.
Com receita anual de R$ 12,9 bilhões e endividamento de R$ 25,9 bilhões, a CPFL segue com um planejamento financeiro sólido, sem previsão de redução de investimentos. A gestão eficiente da dívida, majoritariamente indexada ao CDI, mantém a empresa em uma posição de segurança frente às pressões inflacionárias e de mercado.