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Mercado de papéis para embalagem pode sofrer escassez

Mercado de papéis para embalagem pode sofrer escassez de matéria-prima

 

Executivos que representam as maiores indústrias de celulose e papel do País participaram ontem (09/10) de um debate sobre as perspectivas do setor promovido durante o ABTCP 2012 – 45º Congresso e Exposição Internacional de Celulose e Papel, que acontece até 11 de outubro no Transamérica Expo Center, em São Paulo. Durante o evento, José Gertrudes Soares, diretor comercial de papéis kraft da Klabin, alertou para a falta de investimentos em projetos que contemplem a produção de celulose de fibra longa, utilizada nos papéis para embalagens. Segundo ele, a atual capacidade só será suficiente para atender à demanda nos próximos cinco anos.

 

“Praticamente todos os grandes projetos anunciados no Brasil contemplam a produção de celulose de fibra curta branqueada. Por conta disso, a indústria de papel kraft está tendo que rever seu modelo de negócios e reciclar muito mais”, justificou Soares, ao destacar que o País precisa investir em ativos florestais de pinus. “Atualmente, em função da crise, há uma sobra de fibra nos Estados Unidos da ordem de 3,7 milhões. Entretanto, quando a economia americana se recuperar, vai faltar matéria-prima”, acrescentou.

 

Outra questão abordada pelos participantes do debate foi a competitividade do setor de celulose e papel. Para Francisco Valério, diretor industrial da Fibria, essa indústria é e continuará sendo competitiva, mas saltos de produtividade precisam ser dados. “Não dá para pensar em ganhos significativos utilizando os processos atuais. É fundamental investir em excelência operacional para se obter resultados sustentáveis”, observou. Segundo o executivo, a Fibria formou desde 2000 mais de 200 profissionais por meio da realização de cursos de especialização in company em celulose e papel.

 

Ernesto Pousada Jr., diretor executivo de operações da Suzano, destacou a biotecnologia como um caminho sem volta para garantir a competitividade do setor de celulose e papel, assim como a consolidação em nível global. “Hoje as 10 maiores empresas representam apenas 40% do mercado, que é bastante pulverizado. Nesse sentido, a consolidação proporcionaria sinergia e reduções expressivas de custos.”

 

Reginaldo Gomes, diretor comercial e de logística da Eldorado Celulose e Papel, chamou atenção para o início das operações da primeira fábrica da empresa em Três Lagoas (MS), previsto para meados de novembro deste ano. Com capacidade de produção de 1,5 milhão de toneladas/ano, a unidade deve chegar a 5 milhões de toneladas/ano até 2020. Um dos diferenciais competitivos é a logística, que combina transporte por meio de hidrovia e ferrovia. Para isso, a Eldorado conta com vagões e locomotivas próprias, além de 16 barcaças que, em comboio de quatro, têm capacidade para transportar até 6 mil toneladas por viagem. “Nosso processo está baseado em mais eficiência por menos custo. Temos como meta ser um dos líderes do setor de celulose e, para isso, queremos disputar ombro a ombro com nossos competidores”, concluiu. 

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