Malu Sevieri

Empresas investem em moda infantil lúdica

Empresas investem em moda infantil lúdica

 

 

Na busca pela competitividade, empresas investem na interação lúdica no vestuário infantil. Essa foi a estratégia de algumas marcas presentes na 41ª edição da FIT 0/16, considerada a maior feira de moda Infanto-Juvenil e Bebê da América Latina, que ocorreu em São Paulo entre os dias 2 e 5 de junho, na Expo Center Norte.

 

Deixar de ser apenas roupa para se tornar também um brinquedo, que proporcione diversão, conforto e diferencial para os pequenos. Essa é a aposta da Marisol, detentora das famosas marcas Lilica Repilica e Tigor. “Buscamos produtos que exploram o lúdico, a diversão e a brincadeira, em peças que saem do estático e ganham o físico”, conta a representante do departamento de produto da empresa, Fransiane Palastri.

 

Nas roupas para os meninos, um óculos 3D foi aplicado na estampa de um dinossauro, dando a impressão de movimento para os olhos.  Já nas peças para as meninas, as pernas das bonecas estampadas tiveram a aplicação de um pano por cima permitindo o encaixe dos dedos no local para manipulação das pernas, como se fossem fantoches. 

 

A marca internacional Levi’s, pela primeira vez na Feira, apostou nas camisetas com tecidos que brilham no escuro. “Buscamos fazer roupas trabalhadas no conceito de conforto para as crianças se mexerem, brincarem etc.” declarou Monica Hollander, diretora da área de Produto e Marketing da Levi’s. Os botões de calças jeans, quando possuem aplicação de brilhos, são revestidos com material plástico para que as crianças não se machuquem. “Fazemos roupas para uma criança natural não um adulto em miniatura”, enfatiza Hollander. 

 

A Green investiu na onda dos robôs e criou peças para as linhas bebê e infantil inspiradas nesse tema. “Trabalhamos o volume para interagir com as crianças e a gente conseguiu brincar com essa textura e apliques”, diz a estilista Keiko Savaki mostrando macacão com aplique de um robô divertido e colorido. A marca também trabalhou a cena urbana, como fotos de cidades, favelas, para o público de 7 a 12 anos, com cores fortes e alegres. 

 

E aproveitando que a personagem de gibis Mônica está completando 50 anos, a Incomfral apresentou sua coleção licenciada da Turma da Mônica, com jogos de cama e banho que permitem a brincadeira de trocar cabelos, olhos e corpo dos personagens. Basta combinar estampas dos travesseiros e dos lençóis. Uma ideia criativa para incentivar os pais a comprarem diferentes jogos coordenados.

 

 

A opção pelo lúdico é uma das maneiras que as empresas brasileiras encontraram para agregar valor aos produtos e se diferenciar dos importados asiáticos que, embora mais baratos, ainda são muito básicos. A concorrência chinesa tem abocanhado boa parte do varejo infantil no País. Só no primeiro quadrimestre deste ano, a importação de roupas para bebês cresceu quase 30% em comparação ao mesmo período de 2012, e já acumula US$ 20 milhões. A China foi responsável por 70% desse valor e Bangladesh por 8,5%. Contudo, Bangladesh vem aumentando sua participação mês a mês tendo crescido em 272% o valor de suas importações neste quadrimestre em relação ao ano anterior. A Abit incluiu esse segmento no pedido de Salvaguarda para Vestuário que foi entregue ao governo no ano passado e ainda aguarda posição oficial.

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Janeiro 2025

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