Setor de embalagens flexíveis tem crescimento modesto em 2012, mas está otimista com 2013
Segundo estudo da Maxiquim, 2012 foi um ano de muita instabilidade para o setor de transformação de plásticos devido à volatilidade dos custos (principalmente de matéria-prima), redução dos investimentos no parque fabril e aumento nas importações de produtos acabados. Como resultado, a indústria de flexíveis registrou um crescimento modesto em volume: 1,9%. O aumento no valor da produção foi mais expressivo – 7,5% – atingindo R$ 12 bilhões. Os preços médios subiram 5,6%, ou seja, abaixo da taxa de inflação medida pelo IPCA.
“Ainda mais preocupante é o fato das importações de embalagens flexíveis terem crescido 11,5% em valor, totalizando US$ 639 milhões”, analisa Sérgio Carneiro, presidente da ABIEF. Também houve um aumento de 12,8% no volume de importações que chegou a 135 mil toneladas. Em paralelo, as exportações do setor caíram 14% em valor (totalizando US$ 186 milhões) e 14,7% em volume (chegando a 53 mil toneladas).
Ao todo o setor de embalagens flexíveis consumiu 3,778 milhões de toneladas de resinas sendo 535 mil toneladas de PEBDL (polietileno linear de baixa densidade), 868 mil de PEBD (polietileno de baixa densidade), 910 mil de PEAD (polietileno de alta densidade) e 1,465 milhão de PP (polipropileno). A participação das embalagens flexíveis no consumo aparente de resinas no Brasil é de 48%.
Sérgio Carneiro prevê ainda um ano difícil, especialmente por conta das previsões para o primeiro quadrimestre do ano, que apontam para uma queda no crescimento do PIB e riscos de inflação. Mesmos assim, o empresário acredita que será um ano melhor que o anterior, com crescimento em torno de 4%.