Ex-executivo do setor de papelão fala sobre as dificuldades do mercado
Ex-dirigente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), ex-proprietário de uma empresa de papelão ondulado, fundador da Associação Brasileira de Papel Ondulado (ABPO) e do Sindicato da Indústria do Papelão no Estado de São Paulo (SINPESP), Roberto Nicolau Jeha palestrou sobre o mercado financeiro e de papel no país em evento realizado na Cooperativa Paulistana de Produção de Caixas e Chapas de Papelão Ondulado (Coopercaixa), em Itaquaquecetuba (SP)
“Agradeço a oportunidade de poder transmitir um pouco dos meus conhecimentos que adquiri nos mais de 50 anos nesse segmento. Hoje, quem atua com papelão ondulado são verdadeiros heróis, pois a economia do Brasil e do setor caminha num sentido adverso para a consolidação desse mercado”, diz Jeha. Para ele, o principal obstáculo da área é a concorrência. “Não há um acordo regulador entre as empresas do setor para que o mercado alcance um valor justo para todos”, avaliou.
Jeha iniciou sua trajetória na indústria de seu pai, que em 1947 fundou uma fábrica de papel pardo produzido em pequena escala. “Comecei a trabalhar com papel e papelão no ano de 1960 ajudando meu pai. Tínhamos uma pequena onduladeira, uma cortadeira e uma impressora. A partir daí, me dediquei com muita paixão e idealismo e não larguei mais, até o inicio desse ano, quando resolvemos vender a empresa”, relembra Jeha.
Mas sobre a possível volta ao mercado de papelão, Jeha não é otimista como de costume. “Cumpri o meu dever. Agora é hora de descansar e ter momentos como esse de troca de conhecimento”, finaliza.