Resultados financeiros robustos impulsionam estudos para dividendos trimestrais
A Eletrobras, maior companhia do setor elétrico brasileiro, anunciou o pagamento de R$ 2,2 bilhões em dividendos extras com base no lucro acumulado até setembro de 2024. O valor será distribuído em 13 de janeiro, com R$ 2,43 por ação preferencial classe A (PNA), R$ 1,82 por ação preferencial classe B (PNB) e R$ 0,86 por ação ordinária.
No terceiro trimestre, a companhia reportou lucro líquido de R$ 7,2 bilhões, alta expressiva em relação ao mesmo período de 2023, quando registrou R$ 1,5 bilhão. No acumulado até setembro, o lucro alcançou R$ 9,2 bilhões, aumento de 2,6 vezes em relação ao mesmo intervalo do ano anterior.
O conselho de administração iniciou estudos sobre metodologias de alocação de capital, considerando a possibilidade de pagamentos trimestrais de dividendos. A empresa também possui caixa robusto, de quase R$ 30 bilhões, e alavancagem financeira baixa, com dívida líquida equivalente a 1,7 vez o Ebitda no terceiro trimestre, o que fortalece sua posição para ampliar repasses aos acionistas.
Analistas do Itaú BBA, BTG Pactual e Goldman Sachs destacaram que o cenário financeiro da Eletrobras favorece uma política mais agressiva de dividendos, especialmente diante de condições macroeconômicas desafiadoras e preços de energia em queda. A perspectiva de maiores repasses tem sido bem recebida pelo mercado, sendo apontada como um catalisador para as ações da empresa.
As ações ordinárias da Eletrobras fecharam o pregão de 19 de dezembro em alta de 1,04%, cotadas a R$ 34,83. No acumulado do ano, apresentam queda de 16,5%, com valor de mercado estimado em R$ 84,1 bilhões.
