Com 75 anos de atuação, a Rodobens reforça sua vocação para o agronegócio com um crescimento de 70% nas vendas de consórcios voltados para máquinas e caminhões em 2024. O avanço foi impulsionado pelo setor agrícola, que corresponde a 35% do total de créditos vendidos pela empresa no período, acumulando R$ 1,7 bilhão em vendas de cotas de consórcio nos primeiros nove meses do ano. Mesmo diante da alta de juros e de uma Selic projetada para 15% em 2025, a modalidade se consolida como alternativa competitiva frente ao financiamento tradicional.
O mercado de consórcios no Brasil mantém uma curva ascendente, com 11,22 milhões de participantes ativos em 2025, segundo a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac). Equipamentos pesados da linha amarela, utilizados predominantemente no agro, lideram as vendas. Planos de até 100 parcelas, com taxas de administração de 2% ao ano e reajuste inflacionário de 5% a 6%, tornam o consórcio mais acessível que financiamentos, cuja taxa mínima alcança 15% ao ano.
Além de máquinas e caminhões, a Rodobens expande sua atuação no interior, especialmente em estados agrícolas como Goiás, Rondônia, Tocantins e Bahia. O crescimento do crédito para caminhões no agronegócio foi de 29% até o terceiro trimestre de 2024, reforçando a integração entre transporte e logística no setor. Consórcios para caminhões extrapesados, que chegam a custar R$ 2 milhões por conjunto, são um exemplo da demanda por bens de capital no campo.
A alta na Selic encarece o crédito tradicional, mas favorece o consórcio como solução econômica. De acordo com o diretor de Consórcio da Rodobens, Sebastião Cirelli, o modelo oferece flexibilidade para clientes que podem planejar a compra, especialmente em um ambiente de crédito mais restrito.
A empresa opera também em parcerias com marcas como Mercedes-Benz e mantém um portfólio diversificado, aberto a novas colaborações no agronegócio. O mercado agrícola continua sendo o principal destino das vendas da Rodobens, que projeta crescimento de dois dígitos em 2025, impulsionado por um cenário de safra positiva e alta demanda de exportação.