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Crédito tokenizado avança no Brasil com Mercado Bitcoin e Mynt na liderança

Empresas exploram novas formas de financiamento no mercado em expansão

O mercado global de crédito privado movimenta aproximadamente US$ 1,7 trilhão, segundo a Preqin, enquanto o segmento de dívida tokenizada alcança US$ 9,5 bilhões, conforme a rwa.xyz. Apesar da diferença de proporções, a tokenização de crédito privado se destaca como o segundo maior segmento de ativos digitais do mundo, atrás apenas das stablecoins.

No Brasil, o Mercado Bitcoin ocupa a terceira posição global em emissão de crédito privado tokenizado, com US$ 171 milhões já emitidos e US$ 90 milhões em ativos de empréstimos ativos. A empresa experimentou crescimento de 200% em 2024 e planeja triplicar os números em 2025, com produtos destinados principalmente a investidores de varejo.

As operações realizadas incluem recebíveis de empresas como Chilli Beans, Dux Nutrition e Rappi. Baseadas no Marco Legal de Securitização de 2022, essas emissões ampliam o leque de direitos creditórios disponíveis e permitem que investidores individuais tenham acesso a instrumentos de renda fixa estruturados com tecnologia blockchain.

Outra estratégia do Mercado Bitcoin é financiar fintechs através de tokens, substituindo os tradicionais FIDCs por certificados de recebíveis. Isso reduz custos, eliminando despesas com custódia e registro, viabilizando operações menores entre R$ 10 milhões e R$ 50 milhões. Cerca de 200 transações desse tipo já foram realizadas para 20 fintechs no Brasil.

A Mynt, corretora do BTG Pactual, também prepara sua entrada no mercado de crédito privado tokenizado, apostando na eficiência tecnológica do modelo. Segundo André Portilho, diretor de ativos digitais do BTG, o alto potencial do segmento é reforçado pelo ambiente de juros elevados no Brasil, que impulsiona a demanda por ativos financeiros mais acessíveis e transparentes.

Os dados da S&P indicam um crescimento de 66% no segmento de ativos tokenizados em 18 meses, contrastando com os 22% do mercado de crédito privado tradicional em dois anos. Apesar disso, desafios regulatórios e questões relacionadas à qualidade do crédito e interoperabilidade entre plataformas ainda limitam a expansão total da tecnologia.

Especialistas apontam que a tokenização de ativos financeiros deve se expandir para outros setores, como imóveis, crédito de carbono e registro de automóveis, consolidando-se como uma alternativa inovadora no mercado financeiro global.

Gustavo Fleming Martins

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