Empresa projeta expansão com foco em ativos estratégicos no setor de óleo e gás
A Prio registrou lucro de US$ 1,7 bilhão em 2024, um crescimento de 60% em relação ao ano anterior, impulsionado pela ativação de créditos fiscais e pela aquisição de novos ativos. A receita total foi de US$ 2,4 bilhões, apresentando uma redução de 8% devido a desafios operacionais em algumas plataformas. O mercado reagiu positivamente aos resultados e à perspectiva de novas aquisições, com as ações da companhia subindo 7,8% no pregão de 14 de março.
A empresa iniciou a perfuração do campo de Wahoo, localizado na área do pré-sal no Espírito Santo, após obter licença do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A expectativa é iniciar a produção de petróleo em 2025, viabilizando a comercialização direta de gás natural para diferentes companhias. Com essa operação, a Prio pretende alcançar a marca de 1 milhão de metros cúbicos diários, expandindo sua atuação além da Petrobras.
A recente aquisição de 40% do campo de Peregrino, na Bacia de Campos, concluiu uma transação de US$ 1,19 bilhão com a chinesa Sinochem, adicionando 36 mil barris diários à produção da empresa. Essa operação elevou a alavancagem financeira da companhia, fazendo a relação entre dívida líquida e EBITDA passar de 0,5 para 1,2 vez ao final de 2024. Mesmo com esse aumento, a Prio encerrou o ano com um caixa de US$ 646 milhões, já considerando os investimentos realizados.
A estratégia de crescimento inclui novas aquisições, mas a empresa estabeleceu um novo critério de valor mínimo para futuras transações. O foco agora está em ativos avaliados a partir de US$ 2 bilhões, descartando investimentos menores que possam comprometer a eficiência operacional. A companhia mantém a atenção no mercado brasileiro e descarta, no curto prazo, uma entrada no Golfo do México, priorizando oportunidades que ofereçam retornos mais consistentes.
Com valor de mercado de R$ 35,2 bilhões, a Prio segue expandindo suas operações e consolidando sua posição entre as principais empresas independentes do setor de óleo e gás. O programa de recompra de ações, que totaliza R$ 164 milhões, reforça o compromisso com a valorização dos acionistas e a solidez financeira da companhia.