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XP Asset aposta em unicórnios via fundo americano e financia liquidez de funcionários de startups

Com aporte acima de US$ 12 milhões na Collective Liquidity, gestora brasileira entra no mercado de stock options do Vale do Silício e estuda levar a tese para investidores no Brasil.

Em um movimento ousado para se expor ao crescimento das maiores startups do mundo sem esperar por IPOs ou entrar em rodadas competitivas de venture capital, a XP Asset acaba de anunciar um investimento estratégico na americana Collective Liquidity, especializada em oferecer liquidez a colaboradores e fundadores de startups nos Estados Unidos. A operação não envolve equity direto, mas sim participação em um fundo que compra stock options e oferece soluções fiscais mais eficientes aos vendedores.

A XP aportará mais de US$ 12 milhões no fundo da Collective, atualmente avaliado em US$ 75 milhões, como capital inicial para o programa LP Buyback. A iniciativa permite que funcionários de startups troquem suas ações privadas por cotas do fundo, que detém participações em empresas como Cart.com e DailyPay. Quando um cotista precisar de liquidez, a Collective recompra parte das cotas, usando os recursos aportados pela gestora brasileira.

Segundo Renato Junqueira, VP de special situations da XP Asset, a operação entrega retorno híbrido: parte fixa, por meio de forward agreements com pagamentos agendados e taxas pré-fixadas, e parte variável, com upside vinculado à valorização das startups do portfólio. “É um ativo que fica entre a renda fixa e o equity puro”, afirma.

A Collective foi fundada por veteranos do mercado privado, como Greg Brogger (ex-SharesPost e Nasdaq Private Market), e aposta em um modelo de exchange fund que oferece benefícios fiscais e diluição de riscos. “Já há US$ 4 trilhões em stock options travados no ecossistema late stage”, destaca Brogger. A empresa seleciona apenas startups com valuation acima de US$ 600 milhões e apoio de VCs renomados como Sequoia e Andreessen Horowitz, excluindo setores de risco elevado como cripto e biotech.

De olho na expansão, a XP estuda criar um veículo local para investidores brasileiros co-investirem na tese. A meta da Collective é encerrar 2025 com US$ 100 milhões em ativos e um portfólio com mais de 30 empresas.

Gustavo Fleming Martins

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