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Flapper mira expansão internacional após captação de R$ 5,8 milhões e avança rumo à verticalização

A Flapper encerrou recentemente uma rodada de R$ 5,8 milhões via crowdfunding na plataforma Eqseed, superando a meta inicial de R$ 4,8 milhões e reunindo 409 investidores. A startup, que já opera com breakeven e faturou US$ 49 milhões no último ano, aposta no modelo de capital pulverizado não apenas como reforço de caixa, mas como estratégia de marca: cada investidor também atua como embaixador do serviço. A rodada sinaliza maturidade no mercado de equity crowdfunding, já que empresas com faturamento superior a R$ 50 milhões começam a buscar esse canal como alternativa às rodadas tradicionais.

Com o novo aporte, a Flapper acelera dois movimentos estratégicos. O primeiro é a verticalização da operação com a aquisição de uma operadora de táxi aéreo e a constituição de frota própria, hoje com três jatos, com meta de atingir oito ainda em 2025. Embora a frota represente uma fração dos mais de 3 mil jatos listados na plataforma, o controle operacional promete melhorar a eficiência e ampliar a previsibilidade das entregas. O segundo movimento é a introdução do modelo de propriedade compartilhada, inspirado na americana NetJets, que atende 13 mil clientes e fatura mais de US$ 50 bilhões anuais.

O modelo compartilhado da Flapper permite dividir uma aeronave entre até cinco usuários, reduzindo custos operacionais sem abrir mão da exclusividade. Antes, a plataforma apenas intermediava voos com aeronaves de terceiros; agora, pode operar diretamente sob sua gestão. Isso representa um avanço importante num mercado em que apenas 8% das operações são digitalizadas, um dado que a Flapper explora como diferencial competitivo. O “DNA digital” da empresa garante destaque orgânico nas buscas e contribui para sua expansão internacional, que já representa mais de 40% da receita total.

Para 2025, a meta da empresa é crescer 40% em receita, com expectativa de que a maior parte do faturamento venha de fora do Brasil. A entrada em novos mercados está sendo impulsionada pela reputação digital construída nos últimos anos e pela capacidade de escalar serviços de alto ticket para clientes de perfil premium. A estratégia de longo prazo, segundo o CEO Paul Malicki, é posicionar a Flapper como um marketplace de ativos de luxo, conectando jatos, carros e imóveis em uma mesma plataforma para clientes de alto poder aquisitivo.

Gustavo Fleming Martins

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