A medida que emitimos a nossa opinião nas redes sociais, algo mágico acontece, mesmo que de forma inconsciente: nós influenciamos os nossos seguidores. E o inverso também é verdadeiro. Assim como muitos, eu já me deixei influenciar por diversas postagens. Geralmente pela autoridade e verdade que a pessoa consegue passar como mensagem. Por exemplo, gosto de cozinhar e já mudei minha opinião sobre uma marca depois de ver um chef fazendo bonito com determinado produto.
As marcas, por sua vez, encontraram naqueles com dezenas ou centenas de milhares de seguidores (que podemos chamar de influenciadores sem medo de exagerar) oportunidades para promover seus produtos. Essa conexão entre quantidade de influenciadores e marcas de diferentes portes tem resultado num volume exponencial de conteúdo. E de projeção de gente talentosa, com muito a compartilhar.
Além da criatividade, a empatia de um influenciador gera um diferencial e ganha escala. Profissionais como Gabriel Bernardes, chef de cozinha com cerca de 400 mil seguidores, é um dos exemplos mais fora da curva. Seu canal @downlicia_oficial é um fenômeno e conecta marcas ao público que adora um doce. Mas não é qualquer tipo de doce. São doces com uma pitada de humor.
Gabriel e sua família estão juntos numa empreitada que você vai conhecer na matéria de capa desta edição.
Seja como influenciadores (não importa o número de seguidores) ou como marcas (não importa o tamanho), podemos replicar a essência capaz de conectar e gerar novas oportunidades. A meu ver, esse é o primeiro degrau para uma relação que pode se transformar em estratégias de promotores ou embaixadores.
Contar com alguém promovendo a sua marca é uma dinâmica diferente de ter um embaixador. Esse último tem um alinhamento e necessidade de representar a marca em praticamente todos os momentos. É um lugar de fala onde é fundamental ter identificação.
Algumas empresas ainda têm dificuldades de mensurar os resultados ou impactos dessas parcerias, e por isso seguem critérios rasos, como número de seguidores e curtidas.
Muitas pessoas se tornaram autoridades por um conjunto de fatores que em nada se relacionam com a fama. E, ainda assim, é fato que pessoas famosas têm a massificação a seu favor.
Quem geralmente tem desenhado uma esfera de influência consegue escolher os melhores pontos de contato para aprimorar o posicionamento. Hoje existem empresas especializadas nesse tipo de conexão. A influência sempre existiu e, com a internet, hoje tem novos canais de alcance, que remuneram dezenas de milhões de pessoas pelo mundo.
O que resta saber é se as donas das redes vão contribuir, na entrega eficaz dos conteúdos, ou se vão correr o risco de provar um sabor bem amargo quando surgirem novas redes, que valorizem adequadamente influenciadores e embaixadores.