Há mais de 15 anos eu estava à frente de uma indústria metalúrgica, que contava com quase uma centena de funcionários. Quando instituí o prêmio “Destaque do Mês”. Todos poderiam participar exceção feita aos profissionais em cargo de gerência, os quais ajudariam a selecionar o contemplado a cada ocasião. Certo mês decidi premiar o vencedor com um forno de micro-ondas. Considerando- se que estávamos no ano 2000, se um presente como este nos dias atuais já seria interessante, imagine naquela ocasião. E assim foi feito: o jovem premiado ganhou a honraria e seguiu supostamente feliz para sua casa. Alguns meses depois descobri que aquele garoto vivia em uma condição simples. E que em sua casa usavam um fogareiro de uma boca para cozinhar as refeições diárias. Portanto, reflita comigo: ele precisava de um micro-ondas ou de um fogão convencional de quatro bocas?
Evidentemente, um fogão – cujo custo era possivelmente até inferior. Esta ocorrência ensinou-se o real conceito de empatia. Eu acreditava que ser empático significava “tratar o outro como eu gostaria de ser tratado”. Mas não é assim que as coisas funcionam…
Mas então, o que seria de fato empatia?
Empatia significa tratar o outro como ele gostaria de ser tratado, como ele deseja ser tratado, como ele necessita ser tratado. Significa literalmente calçar-se com os calçados do outro, para sentir suas próprias restrições, adversidades e desafios. Pense comigo. Se você está em uma posição de liderança na organização em que trabalha, olhe para seus subordinados e procure compreender as dificuldades que os acometem diariamente: questões de caráter operacional, limitações diversas, falta de autonomia para resolver problemas…
Por Tom Coelho
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