Há cerca de 20 anos, publicamos a Empresário Digital mensalmente, e você deve imaginar o que isso significa. São milhares de horas de leitura, entrevistas, gravações, fotografias… e aproximadamente 8 mil xícaras de café. Passamos por diversas fases e agora estamos testemunhando uma mudança significativa no mercado, que tem feito a revista impressa em papel crescer a cada ano. Ficou espantado? Então vale a pena se atualizar sobre a Netflix, que decidiu justamente fazer uma revista impressa, pensando nesta mesma filosofia de abordagem: crescer a distribuição foi uma consequência de escolher a tecnologia como ferramenta.
Sempre acreditei na mídia impressa e hoje vejo, com mais embasamento ainda, que o conteúdo é o elo entre a oferta e o público-alvo. Em 2008, quando começamos no Brasil o projeto de Big Data, nem sabíamos que o nome seria esse. O fato é que tínhamos o desafio de captar dados de diferentes fontes, de forma lícita e em tempo real. E assim encontramos meios para que isso hoje se tornasse uma realidade. Só assim conseguimos frear o desperdício de algumas centenas de revistas por mês, que retornavam porque a empresa já não estava mais ali.
Tínhamos um universo limitado de empresas, e a cada ano que passava esse número reduzia. Hoje o índice de retorno é zero. Nosso sistema no Brasil tem 18.419.289 empresas brasileiras ativas – na data do fechamento desta edição. Com base nos filtros, conseguimos distribuir a revista, orientando o conteúdo relevante para um público bem específico. O nosso público.
Essa metodologia reinventou a nossa revista impressa, na mesma velocidade em que tratávamos os dados pelos meios digitais. E agora temos uma das mais respeitadas plataformas de marketing digital do mundo. Capaz de concentrar todas as estratégias em um único lugar. Hoje, estar presente em praticamente todos os principais meios garante ao leitor o poder de escolha.
Ganhamos uma dinâmica e passamos a explorar empresas em todas as etapas da cadeia do processo. Fomos muito além da produção, e as nossas histórias ganharam reconhecimento por parte de empresários e executivos. Aliás, quero agradecer à publicitária Jô Bellucco, que faz um trabalho espetacular no espaço Mitpoint da Mitsubish, no Shopping JK Iguatemi, em São Paulo, e que me apresentou à empresária e designer Adriana Scartaris e ao seu sócio Paulo André.
Ambos estão inaugurando o Coletivo 284 em Lisboa, e nós decidimos produzir essa edição para distribuir nos dois países. Primeiro porque a história desse espaço e o propósito de ativação das marcas tem tudo a ver com a nossa linha editorial. Depois porque o desafio de reproduzir a mesma metodologia com dados e marketing digital tornou possível atuarmos também em Portugal, com os nossos serviços de inteligência. E, finalmente, porque esse intercâmbio tem por objetivo promover novas oportunidades entre as empresas.
Sim, estou falando de você. Quem aí nunca pensou em vender em outro continente? Ambos os países vivem momentos similares com a Lei Geral de Proteção de Dados, e a solução que temos é lícita e respeita as boas práticas. É com muito orgulho que conseguimos atender a dois países exigentes com a mesma tecnologia. Em Portugal, somamos 545 mil empresas.
E um dos meios que mais tendem a crescer daqui para a frente é o relacionamento. Se você conhece uma empresa, você tem a liberdade de construir uma comunicação e entregar a sua oferta. Do cartão de visita ao e-mail, com uma proposta clara, passando por uma revista que, além das campanhas, tem um excelente conteúdo. Esse é o valor percebido de modo universal. E que funciona em qualquer país do mundo.