Aplicativo combina monetização e curadoria para fortalecer notícias digitais
A Apple está reforçando sua aposta no Apple News, serviço que já acumula 125 milhões de usuários ativos mensais e reúne 450 publishers globais. O aplicativo, lançado há cinco anos, está disponível em duas versões: uma gratuita e outra paga, chamada Apple News+. O serviço gratuito é monetizado por meio de publicidade, enquanto o plano pago compartilha a receita das assinaturas com os editores, considerando o tempo de engajamento dos leitores.
Seguindo o modelo do LinkedIn, o Apple News emprega cerca de 100 editores para selecionar as matérias mais relevantes, garantindo curadoria especializada. Essa abordagem contrasta com iniciativas de empresas como a Meta, que reduziu a priorização de notícias, e o Google, que vem diminuindo o tráfego de pesquisa ao integrar resumos gerados por inteligência artificial.
O Apple News está presente atualmente nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Austrália, com planos de expansão para outros países. O aplicativo integra a divisão de serviços da Apple, que gera US$ 96 bilhões por ano e inclui produtos como Apple Pay e Apple TV+.
O movimento ocorre em um cenário desafiador para o setor de mídia. Em 2024, apenas 31% das pessoas declararam confiar em veículos tradicionais de notícias, sendo que apenas 8% afirmaram confiar plenamente. Para os publishers, o Apple News representa uma oportunidade de monetização e alcance, especialmente em tempos de transição digital e crise de confiança no jornalismo tradicional.
Com o modelo sustentável de monetização e a promessa de maior abrangência global, o Apple News busca fortalecer seu papel na entrega de conteúdo relevante, oferecendo uma alternativa tanto para os consumidores quanto para os editores que enfrentam dificuldades no mercado digital.