Por que um conteúdo ressoa mais do que outro? Alguns gurus têm a capacidade de oferecer, em sete passos, uma resposta nada surpreendente a essa questão – originalidade não é o forte de muitos influenciadores. Diante de tantas repetições, a atual geração talvez fique estigmatizada como a de exímios copiadores. Afinal, não precisamos reinventar a roda, não é mesmo?
Mas, se copiamos e replicamos o que parece ter dado certo para o outro, os algoritmos (conjunto de regras) caminham para entender contextos individuais e nossos dados de realidade.
Talvez ainda não tenhamos percebido que, embora o volume de informação tenha crescido exponencialmente, há uma estagnação da tecnologia e do pensamento. Do ponto de vista da cognição, usamos as mesmas ideias, buscando apenas novos mecanismos de repetição para encontrar nosso lugar ao sol. Aprender a pensar por si mesmo talvez seja o grande desafio.
Se incluirmos um olhar um pouco mais crítico e analisarmos os comportamentos ao redor, podemos desvendar percepções míopes e desordenadas. Quer um exemplo? Qual a porcentagem de pessoas no seu entorno que usam óculos? Bem, segundo o World Economic Forum, metade da população mundial – ou seja, 4,8 bilhões de pessoas – vai precisar de óculos até 2050. Quem já refletiu sobre isso? Há inúmeros gaps entre os estudos e o uso da informação.
Geramos e ignoramos muitos dados que poderiam transformar ideias em um novo business. Precisamos de estímulos capazes de expandir o nosso entendimento para engendrar negócios únicos.
Os recursos de dados e novos métodos já começam a dar sinais de quais serão os caminhos para o mundo nos próximos anos. Vemos novas ondas e surfamos quando entendemos fazer sentido. Foi o caso do ClubHouse, dos podcasts em formato de VOD, ou ainda da venda de cursos como conhecimento que agrega valor para as pessoas.
Aceitar novas abordagens quantitativas baseadas em dados, também pode ser um efeito manada. É preciso escapar do conteúdo retórico e raso, para pensar melhor as hipóteses e quantidade de cultura que está sendo produzida hoje. A cultura analítica tem falhado pela ausência de dados relevantes. E custa caro desenvolver algo que ainda não existe.
Vamos investir em uma direção mais analítica e crítica ou vamos aprender a gostar daquilo que nos impacta. Mas isso não tem nada de novo. Desde 1650, somos impactados por anúncios publicitários, sugerindo compras.
Podemos fazer história ou deixar que a história passe por nós, sem que deixemos um rastro visível de nossa breve existência – um raciocínio que vale tanto para a vida quanto para o mercado no qual você atua.