As marcas não falam à razão. Nunca foi assim. Toda publicidade se baseia na ativação de centros de emoção. A recompensa e o prazer reafirmam comportamentos, incentivando sua repetição. É assim que se domina a atitude de compra a níveis conscientes dentro do consumidor. Apesar de dizerem que a humanização das marcas é algo atual, “uma tendência do século XXI”, a verdade é que isso sempre funcionou assim.
As marcas sempre apelaram para a emoção, porque a razão lida mesmo é com a necessidade e não com a busca pelo prazer. Para realizar isso é preciso falar de humano para humano, e não de empresa para humano. Ou seja, a humanização sempre ocorreu, o que se faz hoje é prestar mais atenção e direcionar esses esforços de modo a buscar fórmulas e táticas. Muita coisa feita antigamente era mais instintiva e baseado em empirismo do que planejada taticamente em cima de estudos de comportamento do consumidor.
Uma ferramenta desenvolvida através disso é o storytelling. Fala-se muito sobre isso hoje em dia, não porque antes não se contassem histórias, mas porque se percebeu o quanto isso é eficaz na hora de gerar empatia. Todo mundo gosta de uma boa história. É agradável criar laços de empatia com personagens que podem realizar sonhos distantes da realidade pessoal em que se vive. O storytelling ajuda a penetrar a noção de movimento na existência da marca. No seu cerne. Marcas não são imutáveis, estáticas. Elas são como verbos que indicam sempre estados e ações. A noção de movimento é constante. A história dá uma linha guia para esse movimento, dá sentido a ele, e com um objetivo os consumidores conseguem se identificar. Há um verdadeiro cultivo de emoções, o que faz com que a humanidade da marca possa ser vista através dessa dinâmica expressa no dia a dia. Toda a estratégia de comunicação da marca deve refletir isso de forma coerente. É nesse diálogo que se atinge a “humanidade”. Podemos até dizer que em um…
Por Felipe Vanni
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