É aceitável considerar inteligência de negócio como uma simples lista de nomes – e que pode ser adquirida pelo preço de um CD de banca de jornal? Pois eu respondo: inteligência é toda uma galáxia além disso. Até porque os mesmos cem clientes qualificados podem representar zero, 8 milhões ou mesmo 80 milhões de faturamento por ano no consumo de materiais para comunicação visual. E isso, são dados de realidade.
Tudo vai depender de quem está no comando e quais serão as escolhas em relação as pessoas, os processos e os produtos. É fundamental entender a diferença entre um chicote e o que realmente motiva a ação para a compra. Mais importante que definir tarefas e políticas de descontos é criar métricas de resultados e empoderar o time vendas. Mas vamos pensar além… Não atoa, as empresas de maior desempenho investem em treinamento, além de tecnologia.
De nada adianta investir alguns reais ou milhões em um equipamento, não ter pessoas capacitadas e ainda assim esperar por bons resultados. O mesmo acontece quando você coloca alguém muito qualificado para cuidar da sua marca, mas sem recursos fundamentais. Ou o que é pior… alguém sem o conhecimento mínimo necessário. Seria o mesmo que ignorar as fases essenciais para a produção de uma boa foto e acreditar que o importante seja a câmera. Aliás, há uma metáfora que se encaixa perfeitamente nessa relação.
O fotógrafo vai jantar na casa de uma pessoa e, ao mostrar suas fotos, escuta isto: “que lindas fotos, você deve ter uma ótima câmera”. Ele então se cala e, na hora de ir embora, comenta: “o jantar estava ótimo, você deve ter ótimas panelas”. Enfim, se não houver predisposição para fazer as coisas darem certo, o resultado será sempre medíocre. Além de recursos, perderemos tempo, nosso bem mais precioso.
Então, qual o limite entre continuar tentando e desistir de um cliente? O meu propósito sempre foi ajudar os meus clientes na ponte entre seu conteúdo e a pessoa que vai consumir isso. O que eu não posso fazer é mudar toda a história para enganar o valor percebido e pôr em risco a credibilidade.
Por isso, o meu papel nos últimos anos tem sido investir em dados – um ponto que eu identifiquei e precisava ser melhorado.
De verdade, eu não imaginava que era possível ir muito além e ter um crescimento exponencial logo de cara. Mas, para fazer isso, tive de dedicar tempo e recurso financeiro. Quem acredita em mim, no meu caráter e conhece a minha trajetória não duvida de que a minha oferta de valor tem um propósito.
Do contrário, vai pedir lista achando que marketing é a simples arte de saber onde estão os clientes. E perderá a oportunidade de caminhar a passos largos, reduzindo tempo e dinheiro.