Conte pra mim, como você se sente quando as pessoas não estão prontamente disponíveis?
Impaciente, frustrado, rejeitado, em segundo plano, inseguro, apreensivo, compreensivo etc.
Olhe que interessante este assunto, vivemos a era do imediatismo, das respostas rápidas, instantâneas, a era da ação/reação, do aqui e agora, do não entendeu, perdeu.
Em minhas inúmeras conversas com diversos profissionais de vários escalões, é praticamente unânime a reatividade imediata após os inúmeros estímulos do dia a dia, principalmente das coisas que parecem importantes, mas, em sua maioria, são urgentes.
Há décadas se fala sobre o único tempo que é realmente nosso, aquele em que teríamos um mínimo intervalo para a reflexão, para uma análise, para uma pequena avaliação que seja, onde tudo pode se transformar em decisões mais ponderadas, escolhas mais assertivas, respostas menos ríspidas e, quem sabe, até empáticas.
Este intervalo, tesouro guardado e escondido de nossas vidas, anda pouco utilizado, e com isso os estragos nos relacionamentos e decisões equivocadas vêm se multiplicando a cada dia.
Estar disponível não significa responder de imediato ou no frenético tempo exigente das novas formas de comunicação.
Estar disponível deveria ser um estado de permanência ativa, mas, não por isso, de respostas imediatas e impensadas.
Comece hoje mesmo a abrir o seu tempo entre o estímulo e a resposta, e entenderá que continuará disponível, porém, com muito mais equilíbrio e tempo destinado a pensar e refletir em suas respostas.
A disponibilidade é um valor nobre, bem-visto e bem-quisto, mas não transforme este enorme valor em estragos despercebidos.
O tempo é nosso e este minutinho entre o estímulo e a resposta não fará você ser mal interpretado, pelo contrário, pelo uso deste simples recurso, será ainda mais valorizado, pois será obvio que as suas respostas trarão melhores resultados.
Da próxima vez que for estimulado, faça este teste, segure os impulsos imediatos e comece a ter respostas mais equilibradas, sensatas e mais assertivas.