Você conhece alguém que conquistou algo grandioso em sua vida sem se dispor ao extremo dos limites?
Conhece algum músico ou esportista de alta performance que não tenha treinado centenas de vezes até a exaustão?
Conhece empresários, apresentadores, grandes palestrantes que não tenham investido milhares de horas em suas buscas?
Então, algo comum existe entre eles e isto é a disposição ao sacrifício. É aquela gana interna, aquele querer que ultrapassa e muito as simples vontades, desejos ou tentativas.
Estas pessoas compreendem logo cedo que não existem caminhos ou subterfúgios quando se quer alcançar uma posição de destaque genuína, seja lá em qual área de atuação estejamos falando. Mas existe algo imponderável neste caminho: são as barreiras naturalmente existentes que surgem sem aviso, nem intensidade. Para muitos é azar, para outros, somente um teste a ser vencido.
Às vezes paramos e ficamos observando estes ícones para tentar descobrir qual seria o grande atributo que os levaram a seus postos, qual foi a sacada, o pulo do gato. Na real, cada caso de sucesso tem um conjunto de variáveis que as vezes não se apresentam alinhadas para todas as pessoas. O que nem sempre conseguimos identificar é o tamanho do sacrifício que cada uma destas pessoas assumiu empregar em suas horas de anonimato.
Sorte sempre foi para mim consequência de esforço aliada a determinação, persistência e sacrifícios, entre eles, a disciplina extrema, o afinco ao foco definido, a não aceitação do esgotamento, as escolhas baseadas no objetivo e ao prazer por vencer desafios criados por seus próprios desejos. Ninguém força ninguém a ser nada, são vontades próprias que os conduzem.
As dores e desafios impostos nada mais são do que barreiras para testar a disposição a novos e mais intensos sacrifícios.
*Marcelo Ponzoni é publicitário e diretor executivo da agência Rae,MP, que atua há 30 anos no mercado; e Autor do livro “Eu só queria uma mesa”, da Editora Saraiva. marcelo@raemp.com.br