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Encerramento do Mercado Shops pode impulsionar expansão da LWSA

Empresa pode atrair vendedores em busca de múltiplos canais de venda

A decisão do Mercado Livre de descontinuar o Mercado Shops até o fim do ano pode representar uma oportunidade significativa para a LWSA, empresa de tecnologia voltada ao comércio eletrônico. A avaliação é do Itaú BBA, que aponta a LWSA como a principal beneficiada pela mudança, devido à sua capacidade de integração com diversas plataformas de marketplace.

Segundo o relatório elaborado pelos analistas Thiago Alves Kapulskis e Maria Clara Infantozzi, o encerramento do Mercado Shops deve levar pequenos e médios vendedores a buscar alternativas que ofereçam maior flexibilidade e presença em múltiplos canais de venda. A nova solução proposta pelo Mercado Livre, denominada Minha Página, não permitirá integração com outros marketplaces, o que pode impulsionar a procura por plataformas mais abrangentes, como as oferecidas pela LWSA.

O setor de e-commerce no Brasil conta com diversas opções, entre elas VTEX, Nuvemshop e Shopify. No entanto, a estrutura da LWSA, que permite a conexão com os principais marketplaces do país, é vista como um diferencial competitivo relevante. A expectativa dos analistas é de que a migração dos usuários ocorra de forma gradual, refletindo no crescimento sustentável da empresa.

A vertical de comércio digital da LWSA tem sido um dos pilares da companhia nos últimos anos, representando 69,6% da receita consolidada no terceiro trimestre, com faturamento de R$ 243 milhões, um avanço de 8,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. O número de assinantes da plataforma cresceu 6,1%, atingindo 191,2 mil, enquanto o volume bruto de mercadorias transacionado (GMV) alcançou R$ 17,3 bilhões, registrando alta de 16%.

Nos últimos dois anos, a empresa tem concentrado esforços na rentabilidade e geração de caixa. Com a recente mudança na liderança, Rafael Chamas assumirá o cargo de CEO em fevereiro, sucedendo Fernando Cirne, que passará a integrar o conselho de administração.

Atualmente, as ações da LWSA acumulam uma queda de 43,2% nos últimos 12 meses, com valor de mercado estimado em R$ 1,7 bilhão. No pregão desta segunda-feira, os papéis registraram alta de 1,98%, sendo cotados a R$ 3,09, com valorização intradiária superior a 3%.

Mesmo diante de um cenário positivo para expansão, o Itaú BBA mantém recomendação neutra para as ações da LWSA, com preço-alvo de R$ 7,20. Os analistas indicam que uma reavaliação poderá ocorrer caso haja melhora consistente nos resultados operacionais, destacando que a relação entre risco e retorno apresenta assimetria favorável no nível atual de preços.

Gustavo Fleming Martins

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