À medida que adentramos o ano de 2024, precisamos analisar as expectativas que moldarão o cenário econômico brasileiro nos próximos meses. Dentro desse contexto, quatro pontos macroeconômicos despontam como fundamentais, delineando um panorama que impactará diversos setores da nossa economia.
Em primeiro lugar, projeta-se que os juros permanecerão em trajetória descendente, refletindo a tendência de queda da Taxa SELIC. O Banco Central, em recente pronunciamento, delineou a expectativa de uma redução abaixo de 10%, sinalizando uma política monetária favorável ao estímulo econômico. O segundo ponto a destacar refere-se ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que se desenha modesto para o ano em curso. Antecipa-se um incremento ligeiramente superior a zero, indicando que não devemos esperar um crescimento exponencial, mas sim uma expansão econômica comedida. No terceiro aspecto, voltando os olhos para o mercado de capitais, vislumbra-se a abertura de janelas para Ofertas Públicas Iniciais (IPOs). Tal movimento não apenas fomenta a captação de recursos, mas também injeta capital adicional na economia, proporcionando um impulso significativo ao ambiente empresarial. Por fim, do ponto de vista da gestão pública, observa-se a continuidade do movimento de aumento da carga tributária. Diante das dificuldades em se alcançar um equilíbrio fiscal, prevê-se que o déficit primário persistirá, impactando diretamente na arrecadação de impostos ao longo do ano.
Diante desses macromovimentos, é fundamental que as empresas
considerem como essas variáveis afetam seus negócios. Como devem incorporar essas informações ao planejamento estratégico? Quais premissas específicas podem influenciar diretamente os planos
corporativos? Questões como o crescimento do PIB têm implicações
diretas no desempenho das empresas. Como os clientes irão reagir a um cenário de crescimento econômico moderado? Isso influenciará suas decisões de investimento? A redução da taxa de juros pode liberar capacidade de investimento e viabilizar projetos antes inatingíveis?
Em um ambiente econômico dinâmico, como o descrito para o ano de 2024, o planejamento estratégico torna-se ferramenta para otimizar as operações das empresas e garantir sua resiliência diante das variáveis macroeconômicas em jogo. Ao adotar uma abordagem proativa por meio do planejamento estratégico, as empresas podem se posicionar de maneira mais robusta e flexível frente às incertezas econômicas,
promovendo a otimização de recursos e a maximização de oportunidades. Por meio da análise é possível utilizar modelos financeiros para simular diferentes cenários com base nas
variáveis macroeconômicas esperadas, como taxas de juros, crescimento
do PIB e carga tributária. Além de avaliar o impacto financeiro em termos de receitas, custos, lucratividade e fluxo de caixa sob diferentes condições. Da mesma forma, o planejamento pela elaboração de diferentes panoramas auxilia na identificação e mitigação de possíveis riscos, no ajuste das estratégias de negócios, na gestão de capital e finanças, na comunicação e
adaptabilidade organizacional.
Assim, a técnica de visualizar diferentes cenários e compará-los com a realidade atual é uma abordagem bastante apropriada para o planejamento dos negócios. Identificar como essas premissas e suas variações impactam nos resultados da empresa possibilita a criação de visões estratégicas ajustáveis ao longo do período, alinhando-se com a realidade em constante evolução.